Atitude também “é a posição de um […] satélite artificial, determinada pela direção de seu eixo principal em relação a um dado sistema de coordenadas”, nos diz o dicionário Aurélio. Na vida, a palavra refere-se a um dado sistema moral referente a princípios, caráter, autenticidade, valores e coragem ante situações complexas e escolhas decisivas. Quem tem atitude enfrentaria tudo de cara limpa e peito aberto. Na política nanica (como nas relações pessoais duvidosas e ao contrário da Política) inexistiria, nesse sentido. Contudo, classificar-se-ia como as manobras turvas, dissimuladas e sub-reptícias para ferrar oponentes e garantir o controle de satélites. Sempre há um cão que buscará a bolinha não importando os riscos, almejando ao menos um afago, talvez um biscoitinho, que não morderá a mão que o alimenta. O que vivenciamos hoje, da briga de cachorro grande de Brasília até a barulheira estéril de vira-latas municipais, é a perigosa degradação civilizatória de valores e princípios, revelada nas atitudes e métodos inaceitáveis para a conquista, reconquista ou manutenção do poder. Vale tudo! Ao Político, não basta parecer honesto: tem de ser, na vida pública ou pessoal. Ao cafuringa nada disso importa, o que se revela no mantra “rouba, mas deixa roubar”, atitude que levou o país ao buraco negro em que se encontra. O resto fica por conta da índole de cada um.
Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.