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Cigarros eletrônicos reduzem expectativa de vida do homem em 10 anos

Conhecido como "vape", dispositivo pode reduzir em até 14 anos a expectativa de vida no caso das mulheres

Os cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como vapes, têm se tornado uma moda entre os jovens e uma alternativa para os mais velhos que desejam evitar o tabaco convencional. Contudo, uma análise global de estudos internacionais revela que o uso desses dispositivos pode reduzir significativamente a expectativa de vida: em até 14 anos para mulheres e 10 anos para homens.

Impacto

Jaqueline Scholz, assessora científica da SOCESP e especialista no tratamento do tabagismo, explica os perigos dos cigarros eletrônicos:

“O coração é o órgão mais prejudicado pela nicotina. A substância é responsável por liberar adrenalina, que acelera o coração, aumenta o consumo de oxigênio e a pressão arterial. Este processo favorece a aterosclerose, o infarto, a morte súbita e o AVC”.

Em outras palavras, a nicotina presente nos vapes pode causar danos severos ao sistema cardiovascular, equiparando os índices de nicotina no organismo ao consumo de 20 cigarros convencionais por dia.

Desafios

Parar de fumar, seja cigarro convencional ou eletrônico, é um desafio que requer ajuda especializada. “Apenas entre 3 e 5% daqueles que tentam parar de fumar sem ajuda são bem-sucedidos”, aponta a especialista.

Além disso, a SOCESP destaca a necessidade de tratamentos adequados, que podem incluir reposição de nicotina e medicamentos. “Parar de fumar não é substituir um produto por outro.

A adoção do conceito de redução de danos, indevidamente apropriada pela indústria do tabaco, não passa de mais uma estratégia de marketing”, alerta Scholz.

Riscos

Além dos danos aos usuários, os cigarros eletrônicos representam um risco significativo para fumantes passivos. Uma pesquisa da SOCESP, realizada com 2.764 entrevistados de várias cidades paulistas, revelou que 23% dos paulistas respiram a fumaça de outros regularmente.

“O cigarro mata mais de 440 pessoas por dia no Brasil. Precisamos seguir encontrando meios para acabar com todas as formas de tabagismo”, conclui Jaqueline Scholz.

Além disso, o tema será amplamente debatido no Congresso da SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, que ocorrerá em São Paulo, nos dias 30, 31 de maio e 1º de junho.

 

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