Politica

Editorial – A lei e a esbórnia

 Assim como Lula e Cunha, Renan cuspiu tanto para cima que caiu-lhe na cara. Enriqueceu às pampas na política, acumulou informações cavernosas sobre transações tenebrosas de seus pares e papagaios de pirata e tornou-se um sujeito poderoso e perigoso. Vai que abre a boca e conta tudo que sabe. 
Agora é réu por peculato, por ser mão-de-vaca e fazer empresários compinchas pagarem a pensão da filha “off road” com Mônica Veloso. Ninguém mandou não usar camisinha na hora certa com uma das tantas e nada tontas marias-plenário que pululam no Congresso. Tem ainda uma dúzia de processos tramitando no STF. 
Ele sabe que a casa caiu de vez que, aberta a porta do cemitério, começam a chegar defuntos. Porém, não largará o osso facilmente. Esgotada a esbórnia, tenta agora mudar a lei, trocar as regras no meio do jogo.  
Por isso a pressa em aprovar o Frankenstein em que Maia e sequazes transformaram, na Câmara, as “10 Medidas Contra a Corrupção” e o projeto contra abuso de autoridade e ferrar a Lava-Jato: quer, porque quer, fugir da cadeia. Perde batalha após batalha, mas indecente, arrogante e salafrário, agarra-se ao poder. Afinal, é temido. Temer, o posposto rei da vaselina, que o diga. 
Se amanhã o povão tomar as ruas e avenidas aos milhões contra a esbórnia, haverá grande chance de que se cumpra a lei. No caso do Coroné Renan, seriam entre uns cinco a vinte anos de cadeia…
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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