Editorial – A lei e a esbórnia

Agora é réu por peculato, por ser mão-de-vaca e fazer empresários compinchas pagarem a pensão da filha “off road” com Mônica Veloso. Ninguém mandou não usar camisinha na hora certa com uma das tantas e nada tontas marias-plenário que pululam no Congresso. Tem ainda uma dúzia de processos tramitando no STF.
Ele sabe que a casa caiu de vez que, aberta a porta do cemitério, começam a chegar defuntos. Porém, não largará o osso facilmente. Esgotada a esbórnia, tenta agora mudar a lei, trocar as regras no meio do jogo.
Por isso a pressa em aprovar o Frankenstein em que Maia e sequazes transformaram, na Câmara, as “10 Medidas Contra a Corrupção” e o projeto contra abuso de autoridade e ferrar a Lava-Jato: quer, porque quer, fugir da cadeia. Perde batalha após batalha, mas indecente, arrogante e salafrário, agarra-se ao poder. Afinal, é temido. Temer, o posposto rei da vaselina, que o diga.
Se amanhã o povão tomar as ruas e avenidas aos milhões contra a esbórnia, haverá grande chance de que se cumpra a lei. No caso do Coroné Renan, seriam entre uns cinco a vinte anos de cadeia…

