Editorial – Cheiro ruim…
Nem uma palavrinha, todavia, sobre o processo consolidado que botaria de vez Renan fora do jogo, e que dorme pasmaceiro sob as excelentíssimas nádegas do icônico Tóffoli, com o ardil de “pedido de vistas”. Dá a impressão que a Justiça, nesse jogo perigoso do poder não só é cega, mas, caquética, surda e muda.
Sai assim – interina e oportunamente – a raposa velha e desgastada do comando do galinheiro e entra gambá novo, inimigo sanguíneo da Lava-Jato e militante ferrenho da organização criminosa expulsa do poder, com o impeachment da desastrada Rousseff. Nesse angu tem caroço. Nada acontece por acaso ou de graça em Brasília.
O que está em jogo é a sobrevivência – no atacado e no varejo – da pior casta de corruptos jamais vista nestes brasis. A tibiez dos protestos de domingo facilitou a manobra insidiosa pois Viana, no curto tempo disposto, pautará o que bem lhe aprouver no Senado, lépido e festeiro, alheio aos raros indignados.
Tudo, menos os interesses do país, naufragado em crise insolúvel por eles mesmos engendrada. Quando os bons recuam, os maus predominam. É ruim, hein?