Editorial – Déjà-vu!

O empresariado seguirá gerando emprego, salários e arrecadação na medida do possível e da capacidade instalada, os empregados fazendo o necessário para manterem seus empregos, os desempregados procurando vaga e, entrementes, a nefanda casta política seguirá fazendo o diabo para perpetuar-se e usufruir do trabalho dos primeiros. Raros, raríssimos não estarão comprometidos com o toma lá, dá cá.
Cada um, à sua maneira, seguirá vendendo seu peixe. Eleitos e reeleitos, todavia, têm uma oportunidade excepcional de mostrar a quê vieram, pois exatamente nos momentos críticos valorizam-se os competentes, em que pese o imenso poder dissuasório dos ineptos e suas tretas. Época de vacas magras não é para qualquer um. Quando gordas, um qualquer vira herói. Já vimos muito disso.
Há que execrar os que não deixam fazer e valorizar os que fazem, desconsideradas as motivações. De bem intencionados, contudo, o inferno está cheio e cada vez vão chegando mais. É necessário saber fazer, privilégio de poucos e, se bem sucedidos, ganha a cidade, o estado, o país.
O resto, desde sempre, é monótono e interminável déjà-vu.

