Greve na GM São Caetano prossegue com a fábrica 100% parada
A mobilização dos trabalhadores ganhou novo impulso após uma decisão da justiça do Trabalho de Campinas que concedeu uma liminar reintegrando 840 trabalhadores demitidos pela GM em São José dos Campos, no Vale do Paraíba.
A greve na GM – General Motors em São Caetano prossegue, mantendo a fábrica 100%
parada, em um protesto contra demissões que vêm ocorrendo não apenas nesta unidade,
mas em outras fábricas da empresa. A mobilização dos trabalhadores ganhou novo impulso
após uma decisão da justiça do Trabalho de Campinas que concedeu uma liminar
reintegrando 840 trabalhadores demitidos pela GM em São José dos Campos, no Vale do
Paraíba.
As demissões, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, foram
marcadas por irregularidades, uma vez que a GM desrespeitou normas que proíbem
demissões em massa nessas condições.
Desrespeito inclusive em relação ao Parecer (Tema 638) do STF que diz que a negociação
sindical prévia é exigência procedimental imprescindível para a dispensa em massa de
trabalhadores, o que a GM desconsiderou ao demitir nas suas três unidades fabris (São
Caetano do Sul, Mogi das Cruzes e São José dos Campos), e de uma só canetada, cerca
de 1.200 empregados", diz a nota oficial.
Os Metalúrgicos de São Caetano tomou medidas legais, entrando com uma Ação Civil
Pública na justiça do Trabalho em São Paulo, buscando a reintegração de todos os
trabalhadores demitidos pela empresa. A greve na GM São Caetano do Sul segue como
forma de pressionar a empresa a reconsiderar suas demissões e a buscar uma solução
justa para a situação.