Governo de São Paulo retoma obras da Linha 17-Ouro
Assinatura de nova contratação concluirá as obras civis de construção da via, pátio e sete estações
Neste período, o Metrô manteve o contrato de fabricação dos trens, que nunca parou e vem seguindo com trabalhos na China, inclusive técnicos da empresa acompanham in loco os testes de carga nas composições. As escadas rolantes também foram renegociadas e sua instalação nas estações – já feita em razão das necessidades construtivas antes da colocação das coberturas das estações -, só terão a garantia ativada após o aceite do Metrô, que envolve a realização de testes e protocolos de segurança.
“A retomada das obras é um anúncio importante, mas exige sobriedade. Não é momento para qualquer celebração porque a sociedade aguarda esta entrega há uma década. É tempo de continuarmos adotando as medidas que a legislação exige, por meio de punição a eventuais condutas das empresas que não cumprem seu compromisso com a população, além de dar as condições necessárias para que a obra seja finalizada pela nova contratada. O conturbado histórico desta obra da Linha 17 exige mais trabalho e menos palavras, seguindo a linha do que tem sido orientado pelo Governo do Estado”, diz Júlio Castiglioni, presidente do Metrô, que assumiu a empresa em abril de 2023.
Reinício das obras
Forma de contratação
A contratação ocorreu mediante convocação de licitante remanescente, respeitando-se a ordem de classificação, tudo de acordo com as regras da Lei Federal nº 13.303/16 e com o Regulamento de Contratações Públicas do Metrô. Assim, a ora contratada – que participou da licitação original, em 2019 – aceitou assumir a execução das obras remanescentes pelo valor que ofertou à época do certame licitatório. O acordo foi assinado pelo valor de R$ 847.079.624,89. Essa quantia já está corrigida pela inflação, considerando o índice setorial previsto no próprio edital de licitação. A avaliação do Metrô é que essa alternativa de contratação se mostrou a mais vantajosa ao interesse público, considerando não apenas a segurança jurídica, mas também a celeridade necessária para a retomada dos trabalhos, algo que não teria ocorrido caso houvesse a deflagração de uma nova licitação.
Início da operação para 2026
Como está hoje
– Fabricação de trens – processo em andamento na China. Técnicos do Metrô estão no país asiático para a inspeção in loco dos testes de carga, que simulam o funcionamento do trem com peso equivalente ao de passageiros. O primeiro trem chega ao Brasil no primeiro semestre de 2024 e os demais chegarão gradualmente;
– Fabricação das Portas de Plataforma: em execução;
– Instalação de sistemas de sinalização e de alimentação elétrica;
– Instalação de sistemas auxiliares (escadas rolantes e elevadores) – Escadas rolantes em instalação nas estações contam com garantia que terão início apenas após o comissionamento dos equipamentos, que consiste na realização de testes, obtenção de certificados de segurança e emissão do termo de aceite pelo Metrô.
Por fim, o Metrô está licitando a contratação do fornecimento e instalação do sistema de telecomunicação, que é um sistema acessório à operação e um dos últimos a ser instalado e testado. As propostas das empresas participantes da licitação serão recebidas na próxima segunda-feira (4).
Histórico das obras
2013 – Início da construção das estações, divididas em lotes;
2016 – Rescisão do contrato de dois lotes, por descumprimento de cronogramas; Outra empresa participante da licitação assumiu e prosseguiu até o encerramento do contrato;
2019 – Consórcio responsável pela construção da via e fabricação de trens e sistemas paralisou as atividades, resultando na rescisão contratual;
2020 – Em abril, após nova licitação, o Metrô contratou nova empresa para a fabricação de trens e sistemas, em contrato que segue em execução. Já em novembro do mesmo ano, por meio de outra licitação foi contratado o Consórcio Monotrilho Ouro (CMO) para concluir sete de oito estações da Linha 17 (obra civil de Morumbi foi concluída), o Pátio e a via elevada;
2023 – Em maio o contrato com o CMO foi rescindido em decorrência de atrasos e descumprimentos contratuais. O Metrô também multou o consórcio em R$ 118 milhões;
2023 – Novo contrato de obras civis assinado em agosto para conclusão da via, estações e pátio.