Há um tema que pouco desperta o interesse das pessoas: suicídio. Como não é um assunto cativante, preferem evitar tocar nele. Pode não ser atraente, mas é muito importante conversar sobre o suicídio, inclusive com quem pensa em atentar contra a própria vida.
Se ainda hoje, esse assunto é pouco abordado em conversas, imagina antigamente. Mas, nos inícios da década de 1960, um grupo de jovens, de São Paulo, começou a se preocupar com pessoas que estavam pensando em se matar. Eles foram corajosos, pois se dispuseram a conversar com quem não queria mais viver.
Eles acreditavam que, quem deseja deixar esta vida, quer se livrar das dores da alma, que provocam a desesperança e o desinteresse pela vida. Uma pessoa desesperada, para se livrar do sofrimento, vê a morte como saída.
No entanto, aqueles jovens acreditavam que não seria só a morte que poderia acabar com os sofrimentos. Haveria de ter outra saída. Assim, fundaram o CVV, para, de forma voluntária e humanista acolher, com atenção e empatia, aqueles com ideia suicida. E a melhor forma encontrada foi a conversa, priorizando a escuta.
O CVV foi fundado na Capital Paulista em 1962. O acolhimento era de forma precária, já que ter telefone à época, era um luxo. Hoje, o CVV dispõe não só o telefone, como também a internet 24 horas. Em torno de um milhão de pessoas recorrem ao CVV todos os anos.
Setembro é o mês de prevenção ao suicídio. Caso saiba de alguém que precisa de ajuda, peça para ligar para 188 (CVV).
(Paulo Moriassu Hijo)
E-mail: hijopaulo@hotmail.com