Editorial – Silicone com botox
Querem, a qualquer custo, ficar sob os holofotes nem que seja no pancadão da favela. Para não esticar a conversa, os dois melhores exemplos do circo político atual são Cunha e Lula, perfeita manifestação da “unidade e luta dos contrários”, segundo Marx.
Passada a fase de fanfarronadas e cartear marra, caem num pegajoso mar de lamentações e choradeiras pungentes, dando-se por vítimas. Não funciona. Esse tipo de donzelas tardias em festa de lupanar não cola. Depois que tudo cai, já era, ainda mais com tanta carne fresca ávida rolando no mercado.
O que lhes falta em dignidade e honra sobra em prosápia e falácia. Até as mais sovadas das prostitutas sabem quando parar, assim que a decrepitude as tira do trottoir. Políticos do tipo mencionado, não. Insistem e persistem em vender imagem vestalina, inda que deploravelmente tragicômicos.
O tempo não perdoa. Se recursos há para manter aparências efêmeras, como os implantes do Renan, não existem meios para consertar a debacle moral. Uma vez vazados os limites lassos da tolerância, não há plástica, silicone ou botox que consertem…