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Programa de Incentivo à Indústria Automobilística pode ser ampliado

Resultados iniciais são positivos; foram divulgadas as montadoras que aderiram ao programa

Por Gabriela Gallo

Nesta quarta-feira (14), o Grupo de Líderes Empresariais (LIDE) realizou, em Brasília, um evento para discutir a segurança jurídica de propriedade intelectual no país. Dentre as discussões, especialistas e empresários debateram desenvolvimento econômico, sistemas de proteção e o presente e futuro da inovação nacional.
Durante uma das palestras, o advogado e ex-ministro da Justiça (de 2011 a 2016) José Eduardo Cardozo disse que é necessário um equilíbrio entre “a ideia do direito da propriedade vinculada a uma função social”, dois temas que não deveriam divergir e atrasam a discussão de inovação no país.
“Eu tenho que dar a segurança jurídica para alguém poder investir, mas ao mesmo tempo eu não posso permitir que essa pessoa eternamente se aproprie do resultado daquela invenção independentemente do ganho da sociedade. Este equilíbrio não é simples, é aí que está o nosso problema central”, enfatizou Cardozo.

Reforma Tributária

Outro tema levantado no evento se refere à relação da propriedade intelectual dentro do texto da reforma tributária. O deputado Federal Júlio Lopes (PP-RJ) concordou que a reforma tributária no país é importante, mas ela não causará impactos se não for ampliada para o digital. “O Brasil também é digital. […] A digitalização na tributação no Brasil é a minha proposta [porque] nós ampliaríamos enormemente a base e exponenciaríamos a arrecadação [referente ao imposto de renda]”.
“O Brasil é analógico e isso tem que mudar, inclusive com a reforma tributária”, concordou o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que também estava no evento.

Pesquisas
Outro ponto discutido foi em relação à educação superior, especialmente nos campos de pesquisas acadêmicas de universidades. Izalci Lucas enfatizou que o Brasil passa por “sérios problemas na popularização da ciência e da tecnologia”.
“As pessoas não entendem a importância da pesquisa, da tecnologia, da informação.
Então, é importante a gente trabalhar essa popularização, desde a educação infantil.
Para o parlamentar, o Brasil valoriza o projeto de pesquisa, mas não valoriza transformá-la em produto. E o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Gesner Oliveira, completou que “a segurança jurídica é essencial para preservar pesquisas”.
O professor também alertou que o Brasil tem dificuldades em separar metas de curto prazo e metas a longo prazo. “Muitas vezes nós nos apegamos aos ganhos de curto prazo, abrindo mão dos benefícios de longo prazo.
Há poucas coisas em economia onde há um grande consenso. Mas se há uma coisa em que há um grande consenso é que a inovação é o motor do crescimento”, enfatizou o professor.

Projetos
Ao final do evento, a secretária de Competitividade e Política Regulatória do Ministério do Desenvolvimento Indústria Comércio e Serviços, Andrea Macera, adiantou algumas medidas
que serão tomadas pela pasta para valorizar a Propriedade Intelectual. Dentre as medidas, foi citado o Programa de Custo Brasil, a Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual (ENPI) e o relançamento do Programa de Fortalecimento da Capacidade Institucional para Gestão em Regulação (PRO-REG).
Além disso, a secretária citou que as próximas ações prioritárias do Ministério são trabalhar o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), atualização de Legislação de Propriedade Intelectual nas normas de nível infralegal e, finalmente, a aprovação do novo plano de ação do ministério.
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