Para investigar falta d’água e cobrança de ar pela Sabesp, vereador de Diadema cobra Sabesp
Reinaldo Meira aponta que a situação é urgente. "Mães que não podem cuidar, higienizar e alimentar seus filhos, idosos, enfermos e pessoas necessitadas estão passando por sérias dificuldades em razão da ausência de água. As pessoas estão sem água potável inclusive para beber", justifica.
Vereador Reinaldo Meira denuncia falta d’água, cobrança de ar no hidrômetro e descaso da Sabesp em Diadema
Marcos Fidelis
O vereador de Diadema, Reinaldo Meira – Solidariedade, encaminhou na Câmara Municipal dois requerimentos com o objetivo de investigar supostas irregularidades cometidas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp na cidade. Segundo o parlamentar, os moradores têm enfrentado dificuldades com o desabastecimento noturno, além de presenciarem o hidrômetro em funcionamento mesmo sem a distribuição de água.
“É uma situação caótica, os bairros mais altos como Campanário, Serraria e Marilene deixam de receber água às 20h, por toda cidade a cena se repete mas, por muitas vezes, somente no início da tarde começa a retornar nesses em questão”, detalha Reinaldo Meira. “Pra piorar, mesmo sem uma gota de água vindo da rua, ainda assim os moradores conseguem observar o relógio (hidrômetro) girar, ele não distingue o que é ar e o que é água”, completa.
Um dos pedidos trata-se de um requerimento de informações endereçado à Prefeitura de Diadema, onde Meira cobra a fiscalização do serviço da Sabesp, por parte do Poder Público. “Vemos reclamações por toda parte, agora precisamos entender se está sendo apurada quantas pessoas são diretamente afetadas pelo desabastecimento que deveria ocorrer entre 20h e 5h”, diz o vereador.
Além disso, Reinaldo Meira decidiu apresentar um requerimento para a realização de uma audiência pública com o objetivo de debater o “desabastecimento de água e cobrança de ar na tarifa”, o vereador ainda indica o convite aos representantes da Companhia, como Rogério Aparecido Alves (Gerente de Abastecimento), André Goes (Gerente de Departamento), Marcelo Santana (Gerente Comercial) e Jair Manoel (Gerente de Departamento). Meira também indica a participação do PROCON, MP – Ministério Público e diversos secretários municipais.
Reinaldo Meira aponta que a situação é urgente. “Mães que não podem cuidar, higienizar e alimentar seus filhos, idosos, enfermos e pessoas necessitadas estão passando por sérias dificuldades em razão da ausência de água. As pessoas estão sem água potável inclusive para beber”, justifica.
Questionada, a Sabesp informou que “realiza na Região Metropolitana de São Paulo, de forma rotineira desde a década de 1990, a gestão de demanda noturna. A prática é adotada internacionalmente e recomendada pela Comissão Europeia: quando há menos consumo, reduz-se a pressão nas redes a fim de evitar perdas por vazamentos e rompimentos (o que representa menos desperdício, menos manutenções e menos interferências nas vias); quando o uso é retomado, a pressão é reajustada”.
Sobre as suspeitas de ar nos hidrômetros, a Companhia “esclareceu que, em condições normais de abastecimento, a rede é preenchida com água, não havendo ar na tubulação” e que é “importante destacar que, para uma análise pontual, é necessário uma visita técnica da Sabesp para realização de exame predial e verificação de consumo”.