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Em Diadema, pacientes precisam levar a própria água para consumo

Hospital Piraporinha, em Diadema, sofre com descaso

 

 

O Hospital Piraporinha, em Diadema, é frequentemente alvo de reclamações por sua estrutura precária. Recentemente, familiares de um jovem socorrido após um acidente de trânsito denunciaram que nem mesmo água disponível para beber havia no equipamento.

 

 

 

Familiares de um jovem de 25 anos que sofreu um acidente de trânsito no fim do ano passado, procuraram o REPÓRTER para denunciar o que chamaram de descaso dentro do Hospital Municipal de Diadema, conhecido como Hospital Piraporinha. Segundo o tio da vítima, que preferiu não se identificar, foi necessário que a própria família levasse água para beber, visto que não havia bebedouros funcionando e nem mesmo copos descartáveis para uso. A falta de manutenção estrutural também é alvo de reclamações.

“Chegamos no hospital após o acidente e fomos surpreendidos. Desde uma maca, uma cadeira de rodas, até o básico que é uma água… não tinha. Um espaço totalmente abandonado e pior, superlotado”, conta o morador de Diadema de 42 anos. “Meu sobrinho estava com sede e aí descobri que se quisesse beber, seria da torneira, não haviam copos e nem bebedouro. Só então que fui orientado a trazer a própria água”, detalha.

Para os familiares da vítima, o momento foi de constrangimento. “Foram dezessete dias de terror, ele precisava de um procedimento para colocar pinos na perna e teve que aguardar todo esse período para só então ser encaminhado ao Serraria (Hospital Estadual do Serraria) onde havia estrutura para a cirurgia”.

 

Denúncia

A equipe do REPÓRTER esteve no local durante a última semana e pôde encontrar um equipamento totalmente tomado por pacientes em corredores, longa filas de espera e falta de reparos estruturais. É possível encontrar paredes descascadas, portas em situação precárias e até mesmo macas com ferrugem. Pacientes reclamam de filas de espera que superam 5 horas para atendimento.

 

Imbróglio

O Hospital Municipal de Diadema já foi alvo até mesmo de tentativas de despejo. Em 2019, o ex-proprietário do imóvel, o  INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, ameaçou acionar a justiça para que a Prefeitura de Diadema deixasse o local. O prédio, da década de 60, pertence hoje à União.

 

MP

A Saúde da cidade é alvo de denúncia ao MP – Ministério Público do Estado de São Paulo, e TCE – Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, referente a supostas irregularidades em contrato firmado entre a Secretaria de Saúde de Diadema e a SPDM – Sociedade Paulista de Desenvolvimento da Medicina.

 

Por meio de nota, a Prefeitura de Diadema afirmou que “o Hospital Municipal (HMD) é o único hospital de porta aberta na cidade (ou seja, por livre demanda) e sua estrutura é antiga e insuficiente para a necessidade da cidade. A atual Administração já decidiu pela construção de um novo Hospital onde atualmente está localizado o Paço Municipal (…) Em relação a itens como copos descartáveis, o mesmo fica disponível para retirada com a equipe de enfermagem para evitar desperdícios; já os bebedouros passam por manutenção periódica.”

 

 

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