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Roubo e furto de motocicletas cresceram 30% e 42%, respectivamente, no Estado de São Paulo, em 2022

Número é 29% maior do que antes da pandemia. Levantamento traz as cidades e bairros de São Paulo mais perigosos e modelos mais visados pelos criminosos

 

            O Estado de São Paulo registrou um total de 39.462 roubos e furtos de motocicletas, no ano passado. O número é 38% maior do que em 2021. A principal alta foi na modalidade de furto, 42%, que também apresenta um volume maior de eventos, na comparação com roubos, que cresceu 30%. Os dados são do Boletim Tracker-Fecap, que acaba de ser divulgado.

Tabela 1 – Estados de São Paulo – Ocorrências de Roubo 2021 2022 Var%
jan 749 855 14%
fev 688 815 18%
mar 716 1159 62%
abr 659 996 51%
mai 677 1113 64%
jun 685 1024 49%
jul 773 692 -10%
ago 867 835 -4%
set 985 1102 12%
out 997 1567 57%
nov 1291 1648 28%
dez 1513 1991 32%
Total Geral 10600 13797 30%
Tabela 2 – Estados de São Paulo – Ocorrências de Furto 2021 2022 Var%
jan 1224 1598 31%
fev 1223 1598 31%
mar 1209 2129 76%
abr 1201 1930 61%
mai 1357 1879 38%
jun 1342 1898 41%
jul 1407 1078 -23%
ago 1677 1634 -3%
set 1702 2623 54%
out 1852 2913 57%
nov 1796 3155 76%
dez 2037 3230 59%
Total Geral 18027 25665 42%

            O mês de dezembro é o mês mais perigoso, nas duas modalidades. Segundo o coordenador do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da FECAP, Erivaldo Costa Vieira, “há uma tendência sazonal nos dados, com os meses de dezembro tendo ocorrências mais elevadas e os meses de julho com menos ocorrências. Esta informação pode ser útil para aplicar medidas preventivas eficazes e ajustar estratégias de segurança para a região em questão”.

            O coordenador do Comando de Operações do Grupo Tracker, Vitor Corrêa, destaca que o crescimento dos delitos atingiu as motos de baixa e de alta cilindrada. “O comércio ilegal de peças é o principal motivador. Com veículos que chegam a custar na casa dos 6 dígitos, a falta de fiscalização desses locais e a falta de consciência da sociedade em exigir a nota fiscal na compra de uma peça usada contribuem para o crescimento constante deste mercado ilícito”, afirma. Ele acrescenta que a expansão de empresas do ramo e-commerce, aplicativos de entregas e até mesmo a popularização do home office contribuíram diretamente para impulsionar a exposição de veículos desta categoria nas ruas e os delitos de roubo e furto aumentam, proporcionalmente.

            “O crescimento de crimes concorrentes como extorsão mediantes sequestro (PIX) e Golpe do Aplicativo de Amor também colaboram com a elevação dos roubos e furtos de motos, por desviar recursos materiais e humanos da segurança pública para coibir esses crimes”, corrobora Erivaldo Costa Vieira.

Tabela 3 – Participação cidades % no total de roubos de motocicletas
S.PAULO 38,34%
S.BERNARDO DO CAMPO 5,68%
GUARULHOS 5,31%
CAMPINAS 4,77%
S.ANDRE 3,60%
DIADEMA 3,08%
OSASCO 3,05%
MAUA 2,23%
ITAQUAQUECETUBA 2,21%
COTIA 1,70%
Tabela 4 – Participação cidades % no total de furtos de motocicletas
Municípios 2021 2022
S.PAULO 44,66% 39,29%
CAMPINAS 2,61% 3,39%
OSASCO 3,09% 3,06%
S.ANDRE 2,14% 3,00%
SANTOS 3,15% 2,74%
S.BERNARDO DO CAMPO 2,21% 2,38%
S.VICENTE 1,33% 1,85%
GUARULHOS 2,03% 1,83%
CARAPICUIBA 1,93% 1,83%
RIBEIRAO PRETO 1,35% 1,75%
S.JOSE DO RIO PRETO 1,49% 1,68%

O coordenador do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da FECAP destaca que São Paulo diminuiu a participação percentual nas ocorrências de furtos, enquanto Campinas, Santos e São Bernardo do Campo aumentaram a participação, indicando uma possível transferência dos furtos para essas localidades. “É importante destacar ainda que houve uma variação significativa na participação de São Vicente, que teve uma elevação de 1,33%, em 2021, para 1,85% em 2022, e Guarulhos e Carapicuíba, que tiveram uma pequena queda em suas participações percentuais. Em geral, os dados indicam que houve uma mudança na concentração dos furtos de motocicletas em diferentes cidades, o que pode ser importante de ser monitorado e investigado para que medidas possam ser tomadas para prevenir futuros furtos”, alerta Erivaldo Costa Vieira.

Cidade de São Paulo

            As ocorrências de roubo cresceram 21% na capital paulista, entre 2021 e 2022. Já as de furto foram 26% maiores.

Tabela 5 – Cidade de São Paulo – Ocorrências de Roubo
Ocorrências de Roubo 2021 2022 Var%
jan 310 352 14%
fev 281 353 26%
mar 291 464 59%
abr 276 400 45%
mai 249 431 73%
jun 277 364 31%
jul 356 236 -34%
ago 368 308 -16%
set 447 396 -11%
out 417 591 42%
nov 508 642 26%
dez 606 753 24%
Total Geral 4386 5290 21%
Tabela 6 – Cidade de São Paulo – Ocorrências de furto
Ocorrências Furto 2021 2022 Var%
jan 491 617 26%
fev 523 695 33%
mar 541 937 73%
abr 538 831 54%
mai 636 697 10%
jun 669 783 17%
jul 663 322 -51%
ago 815 523 -36%
set 818 1068 31%
out 887 1148 29%
nov 739 1257 70%
dez 730 1234 69%
Total Geral 8050 10112 26%

 

Bairros mais perigosos  

            Os bairros de Santo Amaro, Itaquera e Pedreira tiveram aumento significativo na quantidade de roubos, com variações de 45%, 67% e 63%, respectivamente. Já Capão Redondo, Campo Limpo e Jardim Ângela registraram redução na ocorrência de roubos, com variações de -7%, -4% e -13%, respectivamente.

 

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