Politica

Editorial – O problema

 Numa empresa, pequena ou grande, não há muita cancha para quem vive de expedientes, ou seja: ou o sujeito honra o contrato de trabalho e dá lucro, ou vai para a rua; ou proprietários são competentes, ou a empresa quebra. O mercado não comporta medíocres travestidos de expoentes. 
Numa empresa você é o que faz, não o que diz. Já na “vida pública” e falando de política, a inversão é ostensiva. O que seria para o povo, pelo povo e com o povo, numa república democrática lato sensu, torna-se pasto farto para oportunistas falastrões, inescrupulosos e cínicos. 
Se nas empresas bem sucedidas o “rouba, mas faz” dá cadeia, na política nanica salafrários se dão bem, viram ícones, heróis populares e partidários. Arrastam multidões no lero-lero e geram hordas fanáticas irremediáveis. Veja-se, por exemplo, Maluf e Lula, as caras da mesma moeda podre: a corrupção. 
Embora cansativamente, voltamos à singela pergunta que não quer calar: quem, numa democracia, bota os canalhocratas “lá”, dos municípios à União? Certamente não seria o Espírito Santo, ou a demoníaca boca dos canhões. Os representantes – insistimos – são o álter-ego dos representados. É o que está em julgamento no STE, nestes dias. 
Cassada a chapa Dilma-Temer, ou não, o que deveria ser julgada é a índole do eleitorado. O problema de um país que não funciona não são apenas seus dirigentes calhordas, porém, os que os elegem. 
 

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Walter Estevam

Casado, Publisher do Jornal ABC Repórter e da TV Grande ABC, Presidente da ACISCS, Ex-Presidente da ADJORI, Ex-Presidente da ABRARJ, Ex-Professor Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Jornalista, Publicitário, Apresentador dos programas 30 Minutos e Viaje Mais.

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