Editorial – Lugar comum…

Contam ainda com o fato de, nas cúpulas do poder, a imensa maioria ter rabo preso. E, se arder, o caboclo pula. É o que vemos na previsível demolição da Lava Jato pelas “altas esferas” dominantes. Provas esmagadoras e depoimentos contundentes contra canalhocratas de todo calibre de nada valem, já que a avaliação é política e não jurídica. Política suja e vil, porém extremamente sagaz.
Alguns poucos agem estranhamente por medo até justificável, outros por exacerbado oportunismo e certeza de impunidade, devido suas dívidas com o sistema porcalhão instituído após 1985, quando da caducidade da ditadura militar deficitária. O sistema exigia resultados superavitários e encontrou, nos novos partidos políticos e seus próceres, os parceiros ideais. Deu no que deu.
Tais mequetrefes têm ainda a seu favor o desgaste, o desânimo e a decorrente inércia da cidadania ante tantas aberrações institucionais, fato por eles esperado e causado. Estão vencendo pelo cansaço. Lamentar-se invés de lutar tornou-se lugar comum…

