Volume dos reservatórios da Grande São Paulo se estabiliza após chuvas recentes, mas cenário ainda é crítico
Segundo a Climatempo, a recuperação dos mananciais dependerá de um padrão consistente de chuvas durante o verão
O volume armazenado nos reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo apresentou estabilidade após uma sequência de quedas, impulsionado pelas chuvas registradas nos últimos dias. Conforme dados divulgados pela Sabesp nesta sexta-feira (19/12), o nível geral dos sistemas está em 27,2% da capacidade total, representando um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior.
Segundo a Climatempo, a maior e mais reconhecida empresa de consultoria meteorológica e de previsão do tempo do Brasil eda América Latina, os dados pluviométricos indicam que todos os sistemas receberam volumes significativos de chuva nos últimos dias, marcando o retorno das chuvas após um período prolongado de redução nos níveis de armazenamento. No entanto, embora os registros sejam positivos, os aumentos observados ainda não caracterizam uma recuperação efetiva, mas sim uma estabilização nos níveis de armazenamento.
O verão tem início no próximo domingo, 21 de dezembro, estação que historicamente concentra os maiores volumes de chuva nos mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo. A expectativa é de redução gradual da atenção nos próximos três meses, desde que o regime de chuvas se mantenha dentro ou acima da média. Ainda assim, será fundamental acompanhar de forma contínua a qualidade e a regularidade das chuvas, uma vez que a recuperação dos reservatórios depende não apenas de episódios pontuais de precipitação, mas de um padrão consistente ao longo da estação chuvosa.
Situação dos principais reservatórios
O sistema Cantareira opera com 20,8% da capacidade, com variação positiva de 0,1% em relação ao dia anterior. O acumulado de chuva em dezembro é de 97,7 mm, ainda abaixo da média climatológica do mês, que é de 211,1 mm.
Um dos sistemas mais preocupantes no momento é o Alto Tietê, que apresenta 20,8% do volume armazenado, com alta de 0,4% em relação ao dia anterior. Em dezembro, o total de chuva soma 106 mm, frente à média climatológica de 177,3 mm.
O Guarapiranga registra 49% de armazenamento, sem variação nas últimas 24 horas. O volume acumulado de chuva no mês é de 107 mm, abaixo da média histórica de 172,4 mm. Com 44% da capacidade, o sistema Cotia teve redução de 0,4% de volume em relação ao dia anterior. O acumulado de dezembro chega a 154,4 mm, próximo da média climatológica, que é de 165,0 mm.
O Rio Grande opera com 60,8%, com aumento de 1,4% em relação ao dia anterior. O acumulado mensal é de 73,4 mm, ainda muito inferior à média histórica de 184,3 mm. O sistema Rio Claro teve até o momento a melhor recuperação recente e opera com 38,2% da capacidade, 0,2% acima do dia anterior. O total de chuva no mês atingiu 380,4 mm, superando a média climatológica de 257,3 mm.
Já o sistema São Lourenço apresenta 49,7% de armazenamento, com variação positiva de 1,0%. O acumulado mensal de chuva é de 120,8 mm, abaixo da média histórica de 212,3 mm.
Sobre a Climatempo
A Climatempo é a maior e mais reconhecida empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo do Brasil e da América Latina, oferecendo soluções personalizadas para diversos setores da economia. Com tecnologia avançada e uma equipe de especialistas altamente qualificada, a empresa fornece previsões precisas e análises climáticas estratégicas para auxiliar na tomada de decisão em segmentos como energia, infraestrutura, agronegócio, setores públicos, entre outros. Para o público em geral, fornece informações sobre o clima por meio do seu website e aplicativos. Juntos, esses canais alcançam, em média, 20 milhões de usuários mensalmente.
Comprometida com a inovação, foi a primeira empresa privada a oferecer análises climáticas customizadas no mercado brasileiro e, em 2015, instalou o LABS Climatempo no Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (SP), para atuar na pesquisa e no desenvolvimento de soluções para tempo severo, energias renováveis (eólica e solar), hidrologia, comercialização e geração de energia, navegação interior, oceanografia e cidades inteligentes.
Fundada em 1988, a Climatempo foi adquirida, em 2019, pela StormGeo, empresa líder global em serviços de inteligência meteorológica e suporte à decisão, sediada na Noruega, com presença em 26 países e 550 funcionários, e que, desde 2021, integra o grupo Alfa Laval, líder global no fornecimento de produtos nas áreas de transferência de calor, separação e manuseio de fluidos.


