O vereador Reinaldo Meira – Solidariedade, apresentou um projeto de lei em Diadema com foco na agilização do diagnóstico de crianças com TEA – Transtorno do Espectro Autista, defendendo o uso da tecnologia como ferramenta essencial para garantir dignidade e acolhimento desde os primeiros anos de vida.
Ainda assim, segundo o parlamentar, a realidade atual impõe uma longa espera às famílias, que muitas vezes levam anos em busca de uma confirmação médica. “Hoje, para se obter um diagnóstico de autismo, muitas vezes são necessários anos. A mãe perde um tempo enorme, precisa levar a criança ao médico, voltar várias vezes, e esse processo pode levar três, quatro, cinco ou até seis anos”, afirmou Reinaldo Meira.
Além disso, o vereador destacou que a demora no diagnóstico impacta diretamente o acesso a direitos garantidos por lei. “Nós sabemos que as crianças com TEA têm direito ao Benefício de Prestação Continuada, a benefícios do INSS e, em muitos casos, a um salário mínimo para auxiliar a família, porque é sabido que cuidar de uma criança autista exige um esforço adicional”, completou.
Contudo, Reinaldo Meira ressaltou que a sobrecarga enfrentada pelas famílias, especialmente pelas mães atípicas, precisa ser considerada nas políticas públicas. “Muitas vezes, tanto o pai quanto a mãe trabalham fora. No entanto, ao chegar em casa, a sobrecarga costuma recair principalmente sobre a mulher, que continua trabalhando, cuidando da casa e do filho”, explicou o vereador.
Do mesmo modo, ele reforçou que, no caso das mães atípicas, essa carga é ainda mais intensa. “Quando falamos de uma mãe atípica, essa carga é ainda maior: ela precisa conciliar o trabalho externo, os cuidados com o lar, o relacionamento familiar e a atenção integral a um filho autista. É um trabalho intenso, muito grande”, enfatizou.
Todavia, apesar da existência de direitos assegurados, o parlamentar alertou para os entraves enfrentados pelas famílias no acesso aos benefícios. “Essas famílias merecem e precisam do apoio do INSS. Contudo, a dificuldade é enorme, porque muitas vezes há entraves burocráticos e falta de agilidade no reconhecimento dos direitos”, pontuou o edil.
MARCOS FIDELIS

