A Câmara Municipal de Mauá aprovou o projeto de lei enviado pelo prefeito Marcelo Oliveira – PT, que autoriza o município a contratar um empréstimo internacional de até US$ 50 milhões junto à CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina, instituição financeira com sede em Caracas, na Venezuela, com garantia da União.
Contudo, a aprovação do projeto gerou forte reação de parlamentares da oposição, especialmente do vereador Mazinho, que criticou duramente a operação financeira e questionou as prioridades da atual gestão. “50 milhões de dólares. Esse é o valor do empréstimo aprovado na Câmara. Nós não podemos aceitar isso calado”, afirmou.
Ainda assim, Mazinho destacou que, na sua avaliação, o montante poderia ser direcionado para demandas mais urgentes da população. “Com esse mesmo valor, Mauá poderia construir 3.300 casas populares ou 25 novas creches”, comparou o vereador, reforçando que a escolha do Executivo não dialoga com a realidade social do município.
Além disso, o parlamentar enfatizou que o debate vai além de cifras e contratos internacionais. “Não é só sobre números — é sobre escolhas. As prioridades do poder público estão completamente distantes das necessidades reais da nossa população”, declarou, ao cobrar maior transparência e foco em políticas públicas básicas.
Porém, do ponto de vista da Prefeitura, o projeto aprovado tem como finalidade viabilizar a captação de recursos externos destinados ao financiamento de investimentos considerados estratégicos para o município. De acordo com o texto do projeto, os recursos serão aplicados em ações voltadas ao desenvolvimento ambiental, social e da infraestrutura urbana de Mauá.
Todavia, Mazinho manteve o tom crítico e afirmou que seguirá fiscalizando os desdobramentos da operação. “Eu vou continuar cobrando decisões que transformem vidas, não compromissos milionários cheios de incertezas. Mauá merece respostas. E a população merece respeito”, concluiu o vereador, sinalizando que o tema ainda deve render novos embates no Legislativo.
MARCOS FIDELIS


