A Câmara de São Bernardo aprovou, na quarta-feira (9), o projeto de lei do vereador Julinho Fuzari – Cidadania, que torna obrigatória a realização de sessões de cinema adaptadas para pessoas com TEA – Transtorno do Espectro Autista e seus acompanhantes. Além disso, o texto estabelece que tais sessões devem ocorrer pelo menos uma vez por mês em todas as salas de cinema do município.
O projeto determina, do mesmo modo, que durante as sessões as luzes permaneçam levemente acesas e o volume seja reduzido, garantindo maior conforto sensorial aos espectadores. Ainda mais, as crianças e adolescentes com TEA e seus familiares terão acesso irrestrito à sala, podendo entrar e sair sempre que necessário, sem restrições. Nesse sentido, a proposta também proíbe a exibição de propagandas e trailers que não façam parte do filme, evitando estímulos excessivos.
Segundo o vereador Julinho Fuzari, a iniciativa surgiu de uma solicitação direta de famílias de pessoas com TEA. “A presente propositura é uma demanda solicitada pela família TEA e pretende tornar obrigatória a realização de pelo menos uma sessão de cinema mensal adaptada”, afirmou.
“Em razão das particularidades dos portadores do transtorno, a sessão convencional pode ser impensável para o autista e suas famílias. Nesse sentido, visa a presente proposição garantir aos portadores de autismo uma oportunidade de desfrutar do cinema por meio de sessões adaptadas e de sua especificidade, assegurando assim a inclusão social”, completou Julinho.
A proposta, todavia, representa um avanço significativo na promoção de políticas de inclusão cultural no município, fortalecendo direitos e ampliando a participação social das famílias TEA. Juntamente com o esforço legislativo, agora o projeto segue para sanção do prefeito Marcelo Lima – Podemos.
MARCOS FIDELIS

