Dois dias depois de anunciar ser o escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para disputar a Presidência da República em 2026, o senador Flávio Bolsonaro – PL, voltou a colocar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas – Republicanos, no centro da estratégia eleitoral da direita. Além disso, em entrevista a jornalistas, o senador afirmou que o governador paulista é “o principal cara do nosso time hoje”, destacando seu peso político no maior colégio eleitoral do país.
Segundo Flávio, a confirmação de seu nome como candidato do pai foi definida na semana passada, nesse sentido, ele fez questão de afirmar que a primeira pessoa com quem quis conversar foi Tarcísio. “Ele recebeu de peito aberto”, disse o senador, relatando que a reação do governador teria sido “muito boa”. Apesar disso, Tarcísio não se manifestou publicamente desde o anúncio da pré-candidatura do senador.
Na primeira aparição pública após a confirmação de sua indicação, Flávio admitiu que sua campanha pode não chegar até o fim. Ou seja, embora lance seu nome como opção competitiva para a direita, o senador não descarta uma eventual retirada. Todavia, afirmou que essa desistência teria um preço político — e, sem explicitar diretamente, sinalizou que a anistia aos condenados pelo STF por participação na tentativa de golpe de 8 de janeiro, incluindo seu pai, seria um dos fatores levados em conta.
Flávio declarou que pretende “resgatar o Brasil”, começando por São Paulo. Do mesmo modo, destacou que o estado é estratégico para quebrar a hegemonia petista na disputa nacional. Ainda mais: lembrou que Jair Bolsonaro venceu Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo por ampla margem em 2022, cenário que considera fundamental repetir para ter chances reais em 2026.
Questionado sobre suposta falta de unidade na direita, o senador negou desarticulação e garantiu que conversará com lideranças partidárias nos próximos dias. Juntamente com essas articulações, disse que pretende alinhar expectativas com caciques da base bolsonarista. Ele afirmou que terá reuniões com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, com os senadores Ciro Nogueira – PP e Marcos Rogério – PL, além do deputado Marcos Pereira – Republicanos, presidente do Republicanos.

