O Sistema Integrado Metropolitano voltou a registrar queda no volume armazenado, reforçando o cenário de alerta hídrico na Região Metropolitana de São Paulo. Além disso, nesta quinta-feira, o nível chegou a 25,3%, mantendo a tendência de baixa contínua. Em outras palavras, o sistema segue caindo: houve redução de 0,1 ponto percentual em relação ao dia anterior e, ainda mais, quando comparado a 4 de novembro — quando o índice era de 28,5% — a queda acumulada é expressiva.
Contudo, a situação já impacta diretamente todos os municípios do ABC, que permanecem sob o regime de redução da pressão da água no período noturno, aplicado pela Sabesp. A medida, vigente diariamente das 19h às 5h, busca reduzir perdas e preservar os mananciais em meio à estiagem prolongada.
São Caetano, por exemplo, foi o último município da região a adotar o esquema, em 23 de novembro. Com isso, a cidade deixou de ser a única fora do rodízio, apesar disso mantendo operações próprias via Saesa, responsável por distribuir cerca de 1,43 milhão de m³ mensais adquiridos da Sabesp. Do mesmo modo, as demais cidades — Santo André, São Bernardo, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra — já vinham seguindo a redução desde setembro.
Ainda assim, a Sabesp afirma que o procedimento não configura racionamento. “Diante do cenário de estiagem e do baixo nível dos mananciais, a Sabesp está adotando desde 27 de agosto a redução da pressão da água no período noturno, quando há menor consumo pela população. Essa medida está sendo aplicada das 19h às 5h, em toda a Região Metropolitana de São Paulo. A ação é preventiva e temporária e atende a uma deliberação da Arsesp, com o objetivo de preservar os reservatórios que abastecem a região”, informou a companhia.
Além disso, a empresa destaca resultados positivos. “Desde o dia 27 de agosto, foram economizados 41 bilhões de litros de água dos mananciais, ajudando a reduzir a queda no nível das represas”, acrescentou. Porém, reforçou que a estratégia é adotada em diversos países: “A empresa esclarece ainda que não se trata de racionamento. A redução de pressão é uma medida adotada internacionalmente em que o fornecimento de água segue ocorrendo no período noturno, com pressão menor.”
MARCOS FIDELIS

