Cultura valorizada no aniversário de Diadema: Taka entrega novas salas e instrumentos à Casa da Música

Uma noite de valorização da produção cultural de Diadema. Assim foi a inauguração oficial, pelo prefeito de Diadema, Taka Yamauchi, nesta quarta-feira (3/12), de uma nova e revitalizada Casa da Música – espaço que oferece formação musical gratuita. A entrega faz parte dos festejos pelo aniversário de 66 anos do município, celebrado em 8/12.

Localizada na Av. Alda, 255, no Centro, a escola de música, mantida pela Secretaria de Cultura, oferece cerca de mil vagas gratuitas e uma ampla formação que envolve não apenas aprender a tocar do zero um instrumento – e são 15 opções de instrumentos -, mas também aulas de teoria musical.

Alunos e professores, agora, passarão a contar com duas salas isoladas acusticamente para as formações de bateria e percussão. O aprimoramento vai permitir realizar mais aulas ao mesmo tempo, sem que o som de um espaço ‘vaze’ para o outro.

Outras intervenções entregues foram o reparo do telhado, com isolamento e vedação contra vazamentos, nova pintura, a entrega de 25 novos instrumentos musicais, além da restauração de 13 instrumentos, ampliando a capacidade pedagógica do espaço.

O evento foi repleto de apresentações dos próprios alunos da Casa, como Kevin Dias da Silva, um prodígio de apenas 11 anos de idade, que faz Teoria Musical, Piano Popular e Erudito na Casa. Ele apresentou em uma das salas novas, para o prefeito, vereadores e outras autoridades, duas peças ao piano: ‘Isn’t she lovely’, de Stevie Wonder, e uma divertida versão da música tema da série Família Addams, escrita pelo compositor Andrew Gold.

Também deliciaram o público presente o Coral Encanto e Popular, a Big Band – tocando uma ótima versão do conhecido tema do desenho Pantera Cor de Rosa -, Jazz Lira, todos grupos compostos por alunos e professores da Casa.

Encantado com as apresentações, o prefeito Taka Yamauchi falou sobre a entrega e a qualidade musical dos alunos. “É muito bom terminar um dia exaustivo, mas gratificante, com um espetáculo como esse. A gente vê aqui músicos muito talentosos, como o jovem Kevin. São eles que fazem nosso município crescer no sentido cultural. Isso mostra para todo mundo que Diadema pode ter músicos de excelência e ser cada vez mais referência nas artes.”

Ainda segundo o Chefe do Executivo, a ideia é valorizar a divulgar essa qualidade levando esses músicos, sempre que possível, para tocar em outros eventos realizados pelo poder público municipal.

Além disso, o prefeito já deu uma nova missão para a secretária de Cultura, Beatriz Giudicio, a partir do ano que vem. “Temos que ampliar ainda mais esse espaço, criar novas salas como as que entregamos e, assim, encantar mais pessoas, seja estudando na Casa ou apenas apreciando essa música maravilhosa”, completa o prefeito.

Qualidade e diversidade

A diversidade de formações é um dos pontos fortes da Casa. O público pode escolher entre Canto Popular, Cavaquinho, Clarinete, Contrabaixo, Coral Encanto, Coral Infantil, Coral Popular, Flauta Transversal, Guitarra, Orquestra CDM, Percussão, Piano Erudito, Prática Banda feminina, Prática Big Band, Prática de MPB I, Prática de MPB II, Saxofone, Teclado, Teoria Musical, Trombone, Trompete, Violão, Violino, Violoncelo e Musicalização Infantil, essa última, mais lúdica, voltada para o público de 6 aos 9 anos.

Gisele Guedes, 43 anos, moradora da região central, é uma das pessoas que teve sua trajetória de vida transformada pela Casa da Música. “Atualmente faço violão e minha filha mais velha, a Laura, de 12 anos, está há uns três anos na Casa e fazendo violão e violino. Eu sempre achei violão bonito. Vinha trazer ela para as aulas e ficava aqui uma hora esperando. Aí eu vi que tinha uma turma iniciante, antes da dela, e decidi que ia tentar pegar uma vaga remanescente.”

E não ficou só nisso. Eventualmente toda a família acabou embarcando na ‘brincadeira’. “Meu marido começou nas aulas de teclado neste semestre, mas ele já tocava. E a Luisa, minha filha de oito anos, faz coral e teclado. Eu estou engatinhando ainda e você percebe claramente que as crianças pegam mais rápido.”

Para Gisele, um dos pontos fortes da escola é a relação com os alunos, que acabam se apegando à instituição. “Sem dúvida ser gratuito é um diferencial. Outro é o acolhimento dos professores. Teve uma época que minha filha não estava mais a fim de fazer violão e queria focar no violino. O professor conversou com ela, que acabou adotando os dois instrumentos. A gente cria um vínculo com a escola.”

“Como cidadã eu fico muito feliz de ver que a Prefeitura tem um olhar para a cultura”, completa.

Já Douglas Pontes, 31 anos, deve boa parte de sua vida profissional ao esforço pessoal, claro, mas também à Casa. Ex-aluno do espaço, de 2013 a 2017, onde aprendeu a tocar violão, ele se encantou pelas artes e deu continuidade ao seu sonho: fez uma faculdade de Música, está finalizando a licenciatura na área e, hoje, é professor na própria Casa da Música.

“É uma sensação de alegria e prazer, hoje, dar aula nesse local onde já fui aluno, além trabalhar e fortalecer a música em Diadema.”, afirma.

“Com a Casa, a minha vida mudou para melhor. Me aproximou da cultura e fez com que eu me tornasse uma pessoa melhor”, completa.

Apesar de inclusiva e humana no trato com os alunos, a gestão da Casa não abdica da qualidade dos cursos. Para quem entra ‘cru’, sem saber tocar um instrumento ou ler uma partitura, o percurso formativo completo dura quatro anos.

Mais informações sobre os cursos e vagas da escola podem ser obtidas pessoalmente, na Casa, de segunda a sexta, das 9h às 21h, e sábado, das 9h às 17h, ou pelo telefone (11) 4072-9302. O Instagram da Casa é @casadamusicadiadema.