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SABESP reduz vazão e obriga São Caetano a adotar racionamento noturno de água

Única cidade do ABC que ainda não sofria racionamento, São Caetano agora se junta às demais após redução de vazão p e reforça apelo por consumo consciente diante da queda dos reservatórios

A Prefeitura de São Caetano anunciou neste domingo (23) que o município passará a integrar o racionamento noturno adotado pela Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Além disso, a medida prevê a redução diária da distribuição de água entre 19h e 5h, como forma de enfrentar a escassez hídrica que atinge toda a Região Metropolitana. A confirmação foi feita por meio de nota oficial publicada nas redes sociais da administração.

Contudo, o texto da Prefeitura reforça que a colaboração dos moradores será essencial para atravessar o período crítico. “Lembramos que o uso consciente da água e o combate ao desperdício são deveres de toda a população”, afirma o comunicado. Em outras palavras, o município intensifica o apelo para que os consumidores adotem práticas de economia e evitem desperdícios.

 

CIDADE

 

Ainda mais, com a decisão, São Caetano deixa de ser a única cidade do ABC fora do racionamento. Até então, o município mantinha condição diferenciada graças ao modelo próprio de gestão do sistema de abastecimento, operado pelo Saesa – Sistema de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental, responsável por distribuir os cerca de 1,43 milhão de m³ por mês comprados da Sabesp. Porém, todas as demais cidades da região — Santo André, São Bernardo, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra — já vinham seguindo o esquema de redução desde setembro, após a privatização da companhia em 2024.

 

MEDIDA

Do mesmo modo, a Sabesp reforçou que a medida é preventiva e segue orientação da Arsesp – Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo. Em nota enviada ao REPÓRTER, a companhia explicou que, “diante do cenário de estiagem e do baixo nível dos mananciais, a Sabesp está adotando desde 27 de agosto a redução da pressão da água no período noturno, quando há menor consumo pela população”. Ainda assim, a empresa destacou que a ação “não se trata de racionamento, mas de redução de pressão — prática internacional que mantém o abastecimento, porém com fluxo menor”.

Além disso, a estatal informou que a estratégia já evitou o agravamento da crise. “Desde o dia 27 de agosto, foram economizados 41 bilhões de litros de água dos mananciais, ajudando a reduzir a queda no nível das represas”, apontou no comunicado.

Todavia, mesmo com a economia gerada e as chuvas recentes, os níveis dos reservatórios continuam em queda e seguem acendendo o alerta. Nesta segunda-feira (24), o Sistema Integrado Metropolitano operava com apenas 26,6% de sua capacidade. Bem como, em 24 de outubro, o mesmo conjunto de represas registrava 28,7%, o que evidencia o agravamento da situação hídrica.

Nesse sentido, o cenário indica que as próximas semanas ainda exigirão atenção e adaptação por parte dos municípios. Ou seja, o ABC inteiro depende da eficácia das medidas de contenção — e do consumo consciente — para evitar que o quadro se torne ainda mais crítico.

 

MARCOS FIDELIS

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