Com problemas devido ao processo sobre o episódio de 08 de janeiro, o PL segue sem um nome garantido para a eleição de presidente em 2026, o que levanta preocupação dos correligionários liberais, já que não parece ser somente o cargo máximo da República que segue sem um nome forte da ala direitista, conforme conversou com o REPÓRTER, o vereador Major Vitor Santos – PL, de Santo André.
“Vou estar no projeto do PL, portanto, nossa meta aqui no ABC é ajudar na campanha de senador, porque a gente está com essa dificuldade, essa indefinição”, revela o edil.
Em outra fala, porém, Major Vitor atribuiu as dificuldades, inclusive, a uma baixa na ala liberal: “Teve a migração de um dos candidatos de direita, que foi do Derrite, para o PP, e o PL ainda não tem definição do seu candidato, tendo em vista o embróglio com o Eduardo”.
O parlamentar sugere que não existe candidato que leve a bandeira conservadora da direita e que isso enfraquece a representatividade dos liberais e da região, seja na Assembleia do Estado, seja no Congresso Nacional.
“Sempre pesa, porque você acaba carregando bandeiras. E para o ABC, o que ocorre é que ficamos trazendo apoio de fora para a cidade, porque a gente não tem essa representatividade no Congresso. Com certeza é muito pouco. Contudo, hoje se torna difícil trazer emendas para as cidades, porque tem candidatos que tiveram mais de 150 mil votos, quase 200 mil votos aqui na região, porém, alguns candidatos não veem espaço político para isso”, lamenta o edil.
Santo André perde
Entretanto, o Major sugere um cenário em que, segundo ele, o município não ganha.
“Esse voto conservador do PL é um voto muito próprio. Então, ou a gente lança o candidato, que é a discussão do partido, ou esse voto vai sair para candidatos do próprio partido ou de partidos que trabalham com pautas simétricas, mas não vão continuar aqui, portanto, acho que é uma perda muito grande para a cidade”, lamenta o liberal.
Bolsonaro presidente
Mais uma vez, o parlamentar falou da falta de nomes do PL na Capital Federal, todavia, garantiu que estará no projeto dos liberais e sugeriu que Bolsonaro pai saia à República.
“Não temos nem definido hoje o senador do nosso partido, não temos o presidente definido, não temos o governador definido. A gente vai falar de deputado estadual e federal, ainda tem o peso, mas de fato vamos estar envolvidos no projeto, não vamos fugir. Hoje, o candidato à presidência do PL é o Bolsonaro pai ainda. Ah, mas pode ter mudança, se tiver, vão ocorrer mais para frente. A gente sabe de tudo que está ocorrendo no nosso país, a insegurança jurídica, enfim”, Major arrisca indicar Jair Messias Bolsonaro o nome do PL a Brasília.
CELSO M. RODRIGUES
