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O JULGAMENTO DE SÓCRATES

Texto: Régis de Oliveira | Direção: Bruno Perillo

“Uma vida sem reflexão não merece ser vivida.”
Sócrates

Com texto de Régis de Oliveira – que estreou na dramaturgia com o sucesso “O Deus de Spinoza” – direção de Bruno Perillo e Luiz Amorim como protagonista, O Julgamento de Sócrates é um mergulho na essência humana e no drama que é um marco da filosofia ocidental.

“Mais que o relato de um fato histórico, o espetáculo é um espelho para nosso tempo: o que acontece quando o pensamento livre desafia o poder?” questiona Régis de Oliveira sobre a atualidade do tema.

Sócrates (470 a.C.-399 a.C.) é reconhecido como o pai da filosofia. É atribuído a ele o pensamento “Só sei que nada sei” reconhecendo a sua própria ignorância diante do verdadeiro conhecimento. Sócrates foi acusado de corromper a juventude e profanar deuses o que o levou para a sua condenação à morte. É a partir deste fato que a peça se desenrola.

Acusado por cidadãos atenienses de corromper os jovens e de profanar os deuses da cidade, Sócrates é condenado à morte. A  tragédia aprofunda-se na prisão e na real possibilidade de fuga. Mas Sócrates recusa e enfrenta seu destino com ironia sagaz e lógica implacável.

Para ele, trair as leis de Atenas seria trair a própria alma, e a coerência entre pensamento e ação não se negocia.

Em seu último dia de vida ele conduz com seus amigos seus últimos diálogos: uma meditação sublime sobre a imortalidade da alma, a coragem perante o desconhecido e a beleza de uma vida vivida sem mentiras. Com uma serenidade que desafia a própria morte, ergue a taça de cicuta e bebe.

 fotos de Ronaldo Gutierrez

“A peça humaniza o ícone: Sócrates não é um mármore, mas um homem que ri, questiona e enfrenta a morte sem medo” fala o ator Luiz Amorim que vive o filósofo no espetáculo.

O Julgamento de Sócrates é um mergulho na essência humana: o conflito entre convicção e conveniência, o preço da verdade e o legado de quem escolhe morrer de pé para que suas ideias vivam para sempre.

Baseada e inspirada em três livros de Platão (“A Apologia de Sócrates”, “Críton” e “Fédon”) o texto de Régis de Oliveira traz um ritmo dinâmico, leve e muito atual ao personagem considerado o pai da filosofia moderna. Com movimentos bem desenhados, cenografia inspirada e música grega acompanhada de banda executada ao vivo, a peça tem um grande apelo popular.

SINOPSE

Em uma Atenas tomada pela tensão entre tradição e pensamento livre, Sócrates — o filósofo que desafiava certezas e incitava a juventude a questionar — é arrastado ao tribunal. Acusado por cidadãos atenienses de corromper os jovens e de profanar os deuses da cidade, ele enfrenta seu destino com ironia sagaz e lógica implacável. Não suplica por clemência, mas defende a vida como um dever sagrado, transformando sua apologia num manifesto sobre liberdade e integridade.

FICHA TÉCNICA


O Julgamento de Sócrates  

Texto: Régis de Oliveira

Direção: Bruno Perillo

ELENCO:

  • Luiz Amorim
  • Breno Ganz
  • Carlos De Niggro
  • Magnus Odilon
  • Marcus Veríssimo
  • Nalini Menezes
  • Priscila Camargo
  • Priscilla Dieminger
  • Roberto Borenstein

Cenografia e Figurinos: Chris Aizner

Iluminação: Cesar Pivetti

Direção de Movimento: Marina Caron

Direção Musical: Bruno Perillo

Assistência de Produção: Mirtes Ladeira

Assessoria de Imprensa: Flavia Fusco Comunicação

Designer Gráfico: Luciano Alves

Fotografia: Ronaldo Gutierrez

Contrarregra: Magnus Odilon

Camareira: Mirtes Ladeira

Produção: Regis de Oliveira e Bruno Perillo

Instagram @julgamentodesocrates

Serviço:

6 e 7 de novembro | 20h

Centro Cultural Santo Amaro

Av. João Dias, 822 – Santo Amaro

8 e 9 de novembro | 20h/19h

Centro Cultural Penha

Largo do Rosário, 20, Penha de França

11 de novembro | 15h

Centro Cultural da Juventude

Av. Dep. Emílio Carlos, 3641 – Vila Nova Cachoeirinha

13 de novembro | 19h

Teatro Flávio Império

  1. Prof. Alves Pedroso, 600, Cangaíba

20 de novembro |19h30

CEU Vila Curuçá

Av. Marechal Tito, 3.452 – Vila Curuçá

23 de novembro | 14h

CEU Lajeado

Rua Manuel da Mota Coutinho, 293 – Lajeado

25 de novembro | 19h

Teatro Flávio Império

  1. Prof. Alves Pedroso, 600, Cangaíba

11 de dezembro | 15h

CEU Taipas

Rua João Amado Coutinho, 240 – Jaraguá

Duração: 80 minutos.
Classificação: 12 anos.

Gênero: Drama

RÉGIS DE OLIVEIRA que além de desembargador renomado, é uma pessoa pública de notório saber, ex-deputado – já foi até prefeito da cidade de São Paulo – é também romancista e autor de vários livros. Dedicado ao estudo da Filosofia, ele estreou no mundo da dramaturgia com a peça “ O Deus de Spinoza”. “Eu sempre me dediquei ao pensamento e à reflexão. E já há anos tenho professores particulares ou consultores, especialmente para a Filosofia. Para escrever esta obra, contei muito com a assessoria do Professor Maurício Marsola, que me conduziu na interpretação de Spinoza”, diz nosso autor. E segue: “Também tive assessoria para o estudo da filosofia e da doutrina judaica, tão importantes para entender a condenação de Spinoza, contextualizá-la e também para contar essa história. Spinoza é um dos mais notáveis filósofos de todos os tempos. A peça não é um estudo biográfico nem de análise de sua obra. Trata-se de localizar o autor em seu tempo, imaginar os confrontos que teve por força de sua crença religiosa em face de outra”. Estreia agora seu novo texto “O julgamento de Sócrates”.

BRUNO PERILLO é Ator e Diretor Teatral. Iniciou sua carreira em 1994. Fez parte de dois grupos teatrais de grande importância no cenário brasileiro: Grupo Tapa (1994–2001) e Folias D’Arte (2001–2012). Realizou workshop com o diretor inglês Declan Donellan (2008) e Master Class com o dramaturgo inglês Sir David Hare (2009). Pós-graduado em Direção Teatral pela Escola Superior de Artes Celia Helena (2013), recebeu indicações para prêmios como Shell (2009, direção musical de Querô), APCA (2019, direção de Chernobyl) e Aplauso Brasil (2019 e 2023). Em 2023, apresentou O Beijo no Asfalto no Festival Internacional de Cali, na Colômbia.

Dirigiu Copo Vazio (Angela Ribeiro), Chernobyl (Florence Valéro), O Beijo no Asfalto (Nelson Rodrigues), A Vida em Vermelho (Aimar Labaki), Tango (Priscila Gontijo), Ato a Quatro (Janie Bodie), Velhos Tempos (Harold Pinter), Ânsia (Sarah Kane), Cabaret Luxúria (Rachel Ripani), Swallow (Stef Smith), Nada Mais Foi Dito (Luis F. Carvalho) e Lorelay (Marie Darrieaussecq).

Atuou em mais de 30 peças, além de novelas, filmes e séries. No cinema, participou de Salve Geral (Sergio Rezende), Onde Andará Dulce Veiga (Guilherme de Almeida Prado), O Último Chá (David Kullock), Amparo e Mario Wallace Simonsen (Ricardo P. Silva), A Felicidade de Margô (Mauricio Eça).

Na TV, esteve em Viver a VidaBelíssimaPassione (Globo), Carrossel (SBT), e séries como O NegócioSurtadas na YogaBuu, entre outras.

LUIZ AMORIM é ator, locutor, dublador e produtor cultural. Atua em publicidade, locução e dublagem em filmes, séries, animes, etc. Últimas peças em cartaz em 2025: “O Jardim das Cerejeiras”, da Cia da Memória, sob direção  de Ruy Cortez, e ‘O Deus de Spinoza'” sob sua direção. Fez “O Vendedor de Sonhos”, de Augusto Cury, e os espetáculos “Di Repente”, “3 X Tebas”, “O Fantasma da Ópera”, “Tieta o Musical”, “FuenteOvejuna”, “Deus Lhe Pague”, “Sete Minutos”, “Viva o Demiurgo”. Realizou os espetáculos infantis “A Sopa de Pedras”, “O Macaco Juiz”, “Beijo Não “, de Tatyana Belinky com o Grupo Luz e Ribalta, “O Circo do Picapau Amarelo” com a Circo & Cia, “O Planeta Lilás”, “Boi Fubá”, “Xigui”, “O Príncipe e o Sábio”, com o Grupo Pó de Guaraná, entre outros. Trabalhou com Bibi Ferreira, Antunes Filho, Antônio Abujamra, Lucélia Santos, Antônio Fagundes, entre outros. Fez Cinema (Fatalidade, Silvio Santos vem aí (2025), TV (Chiquititas, Maria do Bairro, Seus Olhos).

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