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Megavazamento: Google nega vazamento do Gmail

Senhas foram roubadas por malwares instalados em computadores

Especialista em segurança digital Daniel Parra alerta que o problema não foi um ataque direto ao Gmail, mas sim o roubo de senhas por softwares espiões que se infiltram em dispositivos pessoais. Ele ensina como se proteger.

Nas últimas 48 horas, a internet foi inundada por manchetes alarmantes sobre um suposto megavazamento de 180 milhões de senhas do Gmail. A notícia causou preocupação em todo o mundo. A própria Google veio a público esclarecer: não houve vazamento de dados nos servidores do Gmail.

De acordo com comunicado oficial, os relatos são “imprecisos e incorretos”, pois o incidente envolve malwares conhecidos como infostealers, programas espiões que roubam credenciais diretamente dos dispositivos dos usuários, e não dos sistemas da empresa.

O que realmente aconteceu

Segundo a divisão Google Cloud, não houve ataque direcionado ou falha na plataforma.
Os chamados infostealers são programas maliciosos que se instalam em computadores e celulares, normalmente após o download de arquivos duvidosos, extensões suspeitas ou links maliciosos recebidos por e-mail.

Esses softwares conseguem capturar:

  • senhas salvas no navegador,
  • histórico de sites,
  • cookies de sessão,
  • e dados de preenchimento automático.

As informações coletadas são reunidas e vendidas em fóruns clandestinos, criando listas com milhões de logins e senhas de diversos serviços, o que inclui, entre outros, contas de Gmail.

Ou seja: o problema não está na infraestrutura do Google, mas na falta de proteção dos dispositivos pessoais dos usuários.

O alerta de Daniel Parra, especialista em segurança digital

Para o especialista Daniel Parra, CEO da empresa DPARRA, o episódio mostra o quanto as falhas humanas ainda são o elo mais fraco da segurança digital.

“As pessoas acreditam que estão seguras só porque usam serviços grandes, mas esquecem que basta um programa malicioso no computador para entregar todas as senhas de uma vez”, afirma Daniel Parra.

Segundo ele, a principal vulnerabilidade é o hábito de reutilizar senhas em vários sites e baixar arquivos de fontes desconhecidas.

“Mesmo que o Gmail não tenha sido invadido, se a senha foi capturada no seu dispositivo, o resultado é o mesmo: o criminoso terá acesso à sua conta”, explica.

Como se proteger dos infostealers

O especialista destaca que a maioria dos ataques poderia ser evitada com medidas simples de proteção:

  1. Troque suas senhas com frequência e use combinações únicas e fortes.
  2. Ative a autenticação em dois fatores (2FA), de preferência com aplicativo autenticador.
  3. Evite salvar senhas no navegador. Use um gerenciador de senhas confiável.
  4. Atualize o antivírus e o sistema operacional regularmente.
  5. Não clique em links ou anexos desconhecidos, mesmo que pareçam vir de contatos reais.
  6. Baixe programas apenas de fontes oficiais, como a Play Store ou App Store.
  7. Desconfie de e-mails urgentes ou mensagens que pedem atualização de senha.

Como verificar se seu e-mail foi exposto

Usuários que desejam confirmar se suas credenciais apareceram em bancos de dados comprometidos podem usar o site Have I Been Pwned.
Ao digitar seu e-mail, o serviço mostra se ele consta em algum vazamento conhecido.

Caso apareça, a orientação é trocar imediatamente todas as senhas e ativar a verificação em duas etapas em todos os serviços principais.

Segurança digital é rotina, não alarme

Para Daniel Parra, o caso serve como lembrete de que a segurança digital depende mais de comportamento do que de tecnologia.

“Segurança não é sobre ter medo. É sobre rotina. Assim como trancamos a porta de casa, precisamos criar o hábito de proteger nossas contas e dispositivos todos os dias”, conclui o especialista.

Daniel comenta sobre Brasil sofre 315 bilhões de tentativas de ciberataques em 2025: Confira aqui!

Daniel Parra Moreno
Instagramyoutube e tiktok@dparramoreno

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