Brasil sofre 315 bilhões de tentativas de ciberataques em 2025
Especialistas alertam para nova onda digital
O Brasil no centro dos ataques cibernéticos
O Brasil se tornou o principal alvo de ciberataques da América Latina em 2025.
Segundo relatório da Fortinet, foram registradas 315 bilhões de tentativas de invasão apenas no primeiro semestre, o equivalente a 84% de todos os ataques da região.
O número revela um crescimento alarmante e reforça que o país vive uma crise silenciosa de segurança digital.
Essas ameaças evoluíram muito nos últimos anos. Os criminosos agora combinam inteligência artificial, engenharia social e automação para atingir empresas, governos e usuários comuns.
Um exemplo recente é o vírus Sorvepotel, que se espalha por mensagens no WhatsApp. Ele se apresenta como um arquivo ou link aparentemente inofensivo e, ao ser aberto, ganha acesso às conversas e tenta roubar senhas e dados bancários, além de se replicar automaticamente para outros contatos da vítima.
Por que o Brasil é tão visado?
Para Daniel Parra, especialista em tecnologia e segurança digital, o cenário brasileiro é especialmente vulnerável.
“Temos uma enorme base de usuários conectados, uso intenso de aplicativos e bancos digitais, mas ainda pouca cultura de segurança. Essa combinação torna o Brasil um alvo fácil e lucrativo para os hackers”, explica Daniel Parra.
Empresas de médio e pequeno porte são as mais afetadas. Muitas não possuem equipes de TI estruturadas, nem políticas de prevenção contra golpes.
Outro fator é o comportamento do usuário: senhas repetidas, cliques impulsivos e falta de autenticação em duas etapas continuam sendo as principais brechas exploradas pelos criminosos.
Como se proteger dos novos ciberataques
Apesar do cenário preocupante, a proteção é possível e começa com pequenas ações.
Segundo Daniel Parra, a segurança digital depende mais de hábitos conscientes do que de investimentos complexos.
Dicas práticas de segurança digital
Para usuários:
– Ative a autenticação em dois fatores em todas as contas e aplicativos.
– Desconfie de links recebidos por WhatsApp, e-mail ou redes sociais, mesmo quando parecem vir de contatos conhecidos.
– Atualize sempre o sistema operacional, navegador e antivírus.
– Use senhas longas, únicas e complexas, preferencialmente com gerenciador de senhas.
– Evite usar Wi-Fi público para acessar serviços bancários ou corporativos.
Para empresas:
– Implante firewalls e sistemas de monitoramento de rede para bloquear acessos suspeitos e invasões automatizadas.
– Realize testes de segurança (pentests) e auditorias periódicas.
– Treine os colaboradores para identificar tentativas de phishing e fraudes digitais.
– Mantenha backups criptografados e desconectados da rede principal.
– Adote políticas de atualização contínua de software e controle de acesso interno.
“Segurança digital não é luxo. É como trancar a porta da sua casa. Sem isso, qualquer um pode entrar”, alerta Daniel Parra.
Uma cultura de segurança precisa nascer
Os números mostram que a ameaça digital é o novo desafio nacional.
Enquanto ataques como o do vírus Sorvepotel se multiplicam, cresce também a necessidade de educar usuários e empresas sobre boas práticas online.
O futuro da internet no Brasil depende menos da tecnologia e mais da consciência coletiva sobre segurança.
Com informação e prevenção, o país pode deixar de ser o principal alvo e se tornar referência em defesa digital.
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Daniel Parra Moreno
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