O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas – Republicanos, voltou a negar nesta terça-feira (14) qualquer envolvimento na tentativa de derrubar a Medida Provisória que buscava alternativas ao aumento do IOF. Segundo ele, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), apenas quis “ser gentil” ao mencioná-lo, e que seu nome está sendo utilizado de forma equivocada. Nesse sentido, Tarcísio reforçou que a articulação política é responsabilidade exclusiva do governo federal.
“(Sóstenes) quis ser gentil. O fato é que eu estou focado aqui em São Paulo, e esse assunto é um assunto do Congresso, né? Eu acho que a articulação política cabe ao governo. É ele que tem a responsabilidade, né, de aprovar ou não matérias dentro do Parlamento”, afirmou o governador. Além disso, ele destacou que está concentrado nas demandas do estado e não interfere nos processos legislativos federais.
Ainda mais, as declarações foram dadas durante a entrega de um conjunto habitacional de R$ 63 milhões na zona oeste de São Paulo, ao lado do prefeito e aliado, Ricardo Nunes – MDB. Nesse contexto, Tarcísio aproveitou para reforçar críticas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com quem mantém uma disputa pública constante.
Contudo, ele afirmou que sua preocupação é com o rumo fiscal do país, e não com questões políticas pontuais. “Acho que o Haddad tem uma preocupação maior pra ele, que é a questão fiscal. Todo mundo está preocupado com o rumo fiscal do Brasil. A gente não quer, lá na frente, ter um dessabor, né? Não quer ver o País flertando com superendividamento, inflação alta e, eventualmente, recessão”, explicou o governador.
MARCOS FIDELIS
