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Theatro São Pedro leva ópera Cinderela a São Caetano

Espetáculos serão gratuitos e apresentados em português, com récitas nos dias 08, 09 e 11 de outubro

Cinderela, um dos contos de fadas mais famosos em todo o mundo, será apresentado em formato de ópera, com entrada gratuita, em 3 cidades do interior paulista. A iniciativa faz parte da temporada de ópera itinerante do Theatro São Pedro, equipamento cultural da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Santa Marcelina Cultura, com o objetivo de ampliar e democratizar o acesso a esses espetáculos no estado de São Paulo.

 

As récitas da obra escrita pela francesa Pauline Viardot (1821-1910) serão realizadas nos municípios de São Caetano, no dias 08 de outubro, respectivamente. Com pouco mais de uma hora de duração e dividida em três atos, Cinderela tem libreto da própria compositora e será cantada em português, sob regência de Fabrícia Medeiros e direção cênica de Julianna Santos.

 

Com a adaptação de uma história muito conhecida e que atravessa culturas e gerações, a montagem de Cinderela – que esteve em cena no Theatro São Pedro em 2023 e 2024 – tem um compromisso com a representatividade, em um espetáculo protagonizado por pessoas negras. No palco, a soprano Marly Montoni será Marie/Cinderela, enquanto os tenores Wilian Manoel e Geilson Santos viverão o Conde e o Príncipe.

 

Composta em 1904, a versão de Viardot mantém a essência do conto de Charles Perrault, em uma atmosfera leve e cômica. No papel de Cinderela, Marly Montoni salienta a preferência por construir a personagem por meio do domínio da música, no processo de preparação para uma ópera. “Sempre busco encontrar alguma similaridade com minha personalidade para que a personagem possa ser mais real possível. Sobra a montagem, sinto que há o compromisso com a representatividade, já que os personagens principais são afro-brasileiros. Será muito gratificante ver as meninas afrodescendentes podendo sonhar em ser princesas”, observa Montoni.

 

SERVIÇO

 

TEMPORADA DE ÓPERA ITInerante do Theatro são pedro

 

CINDERELA

 

PAULINE VIARDOT (1821-1910)

[ópera em três atos, com libreto original da compositora, versão brasileira de André Dos Santos e orquestração de Juliana Ripke]

 

ORQUESTRA DO THEATRO SÃO PEDRO 

 

Fabrícia Medeiros, regência

Julianna Santos, direção cênica

Giorgia Massetani, cenografia

Fábio Namatame, figurino

Tiça Camargo, visagismo

 

Marly Montoni, Cinderela

Geilson Santos, O Príncipe

Wilian Manoel, O Conde

Johnny França, Barão de Pictordu

Fernanda Nagashima, Amelinde

Thati Reis, Maguelone

Maria Sole Gallevi, A Fada

 

São Caetano do Sul (SP) – 08 de outubro, às 14h, no Teatro Santos Dumont

Duração: 1h15min – Classificação: Livre – Entrada franca

 

THEATRO SÃO PEDRO

Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, gerido pela Santa Marcelina Cultura, tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional. Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas. Nesses mais de 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural, e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp. Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertório tradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país. Agora o Theatro São Pedro inicia uma nova fase, respeitando sua própria história e atento aos novos desafios da arte, da cultura e da sociedade.

 

SANTA MARCELINA CULTURA

Eleita a melhor ONG de Cultura de 2019, além de ter entrado na lista das 100 Melhores ONGs em 2019 e 2020, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas que atua com a missão de formar pessoas. Criada em 2008, é responsável pela gestão do GURI, da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim) e do Theatro São Pedro. O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. No Theatro São Pedro, a Santa Marcelina Cultura desenvolve um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro. Para acompanhar a programação artístico-pedagógica do Guri, da EMESP Tom Jobim e do Theatro São Pedro, baixe o aplicativo da Santa Marcelina Cultura. A plataforma está disponível para download gratuito nos sistemas operacionais Android, na Play Store, e iOS, na App Store. Para baixar o app, basta acessar a loja e digitar na busca “Santa Marcelina Cultura”.

 

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