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Futebol nacional é valorizado com mudança

A CBF divulgou, na quarta-feira, o novo calendário do futebol profissional masculino para 2026, com planejamento estendido até 2029. Trata-se de uma mudança histórica, ousada e necessária. A partir de agora, o Campeonato Brasileiro, principal competição nacional, será disputado ao longo de todo o ano, como ocorre nas grandes ligas do mundo. Uma decisão que valoriza esportivamente e financeiramente o produto mais relevante do nosso calendário, antes tratado como coadjuvante.

Ao colocar o Brasileirão no centro da temporada, a CBF corrige uma distorção antiga e prejudicial: a desorganização estrutural que relegava boa parte do ano a torneios estaduais e regionais pouco atrativos, com retornos técnicos e comerciais limitados. Ao mesmo tempo, os clubes da elite eram soterrados por um número excessivo de partidas, ao passo que centenas de times encerravam suas atividades após poucos meses de competição. O novo modelo busca racionalizar esse cenário e democratizar o calendário nacional.

As medidas adotadas, como a redução das datas dos Estaduais (de 16 para 11), o aumento de vagas na Copa do Brasil e a criação de novas competições regionais, são sinais claros de um esforço por mais equilíbrio entre as diferentes forças do futebol nacional. O salto de 14% para 26% no número de clubes com calendário nacional é simbólico e representa um avanço em termos de desenvolvimento esportivo, geração de emprego e fomento à base da pirâmide.

Do ponto de vista técnico, o maior beneficiado será o próprio torcedor, que verá times mais bem preparados, com tempo adequado de pré-temporada, menos desgaste físico e maior previsibilidade no calendário.

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