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Voltar CRAM disponibiliza serviços gratuitos para proteção de mulheres de São Bernardo em situação de violência

Centro de Referência da Prefeitura oferece apoio psicológico, de assistente social e orientação jurídica; unidade é parte de rede integrada do município

Moradoras de São Bernardo em situação de violência contam com atendimento especializado no CRAM (Centro de Referência e Apoio à Mulher) Márcia Dangremon. A unidade da Prefeitura, situada na Rua Dr. Fláquer, 208, Centro, oferece serviços gratuitos, com equipe formada por assistência social, psicólogo e suporte jurídico. Todos os meses o equipamento realiza, em média, 315 acompanhamentos. O CRAM funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e é parte de rede integrada de proteção às mulheres da cidade.

O CRAM é a referência para as moradoras que enfrentam violência de gênero – seja física, psicológica, sexual, patrimonial, entre outros tipos. É pela unidade, por exemplo, que mulheres são encaminhadas aos serviços públicos de acolhimento institucional, nos casos em que não podem retornar para suas moradias por risco de sofrerem novas agressões.

A coordenadora do Centro de Apoio à Mulher, Maria Aparecida de Souza, reforça a importância do serviço para garantir a proteção das vítimas. “Toda mulher em situação de violência deve procurar o CRAM para acompanhamento. Às vezes ela faz a denúncia, mas se sente perdida, sem saber o que fazer. E é aí que está o risco. No momento em que a mulher decide falar, decide fazer a denúncia, ela está na rota crítica. Neste momento, o risco de a mulher sofrer um feminicídio é grande”, pontuou.

CHANCE DE RECOMEÇAR – A cada mês, em média, são encaminhados 20 novos casos de violência de gênero contra a mulher ao CRAM. Entre as moradoras da cidade atendidas na unidade está A.P., que terá identidade preservada por questões de segurança. Depois de mais de 20 anos de casamento, durante a pandemia, A.P. registrou o primeiro Boletim de Ocorrência por violência doméstica. A delegada orientou a procurar o atendimento do CRAM.

“Demorei ainda um período, porque tinha vergonha de vir. Estava sofrendo violência psicológica. Quando decidir vir, recebi todo o apoio. Eu continuei por um tempo com meu agressor. Ele estava quebrando a casa e a violência psicológica estava aumentando demais. Tenho uma filha e isso estava afetando a ela, que começou a ter os mesmos sintomas que eu, de pânico, ansiedade. Foi aqui que me salvei”, disse a vítima, que conta com medida protetiva contra seu ex-companheiro.

Além do suporte de advogados, apoio psicológico e assistência social, A.P. utiliza os serviços da rede integrada de proteção do município, entre os quais o acompanhamento da Guardiã Maria da Penha. “Quando comecei a trabalhar, elas iam todos os dias na rua do meu trabalho. Fazem rodas em torno da minha casa e estão sempre em contato comigo pelo WhatsApp”, contou.

SUPORTE – Para mulheres que enfrentam situações de violência, A.P. recomenda. “Não tenham medo. Faça o Boletim de Ocorrência na Delegacia e procure o CRAM para receber o apoio. Aqui eles vão te acolher sem te julgar. É aqui que estou me refazendo, me reconstruindo.”

O secretário de Desenvolvimento Social e Cidadania de São Bernardo, Henrique Kabeça, destaca a importância do trabalho do CRAM e da rede de proteção do município. “Temos um time técnico que não mede esforços para lutar contra a violência e garantir às mulheres vítimas seus direitos. Isso inclui também seus filhos. A segurança, a vida dessas mulheres, é nossa prioridade”, afirmou.

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