A Polícia Civil de Diadema prendeu em flagrante Igor Vasconcelos Candido, 31 anos, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão nesta quarta-feira (24). Além disso, a ação faz parte da investigação do assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, morto em uma emboscada no dia 15, na Praia Grande, no Litoral.
No imóvel onde Igor foi localizado, na Zona Sul da Capital, os agentes do 3º Distrito Policial de Diadema apreenderam duas pistolas municiadas, 71 munições de calibres 9 mm e .380, bem como quatro quilos de cocaína, 433 gramas de maconha e quase R$ 7,3 mil em dinheiro. Contudo, também foram recolhidos equipamentos usados para o preparo e embalagem de drogas, rádios comunicadores, notebooks, três veículos e uma motocicleta. Ele foi autuado por tráfico de drogas e posse de arma de fogo de uso restrito, permanecendo à disposição da Justiça.
A polícia não detalhou qual seria a participação direta de Igor na execução do ex-delegado. Ainda assim, segundo o Boletim de Ocorrência, o suspeito possui vínculo criminal com Felipe Avelino da Silva, 33, conhecido como Mascherano, de São Bernardo, apontado como integrante do PCC no ABC e considerado alvo central.
De acordo com a Polícia Civil, o DNA de Mascherano foi encontrado em um dos veículos utilizados pelos criminosos no dia do ataque. Em outras palavras, ele segue foragido e continua sendo procurado intensamente pelas autoridades.
O Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que um homem conhecido pelo apelido “Jaguar” é um dos principais suspeitos de ser um dos atiradores que matou Ruy Ferraz, no litoral paulista. Nesse sentido, a suspeita ganhou força após depoimento de um homem que está preso.
“A gente já tinha mencionado que ele seria um dos atiradores. Jaguar é membro do PCC e cumpriu pena durante mais de 23 anos. É um indivíduo de extrema periculosidade, já foi preso por homicídio, latrocínio e organização criminosa, entre outras coisas. E no depoimento de um dos outros indivíduos que também está preso, de apelido ‘Fofão’, isso foi mencionado informalmente e essa linha de investigação segue para ter certeza. Estamos esperando os sinais digitais que foram coletados em alguns locais, e também temos esperança de realizar a apreensão do fuzil”, explicou Derrite.