Verde da esperança, da renovação e da vitalidade. Por mais que a campanha mais famosa de setembro tenha a cor amarela, há outra um pouco esquecida do grande público: a da Pessoa com Deficiência.
Em um país onde a inclusão e a igualdade carecem de meios, por mais que tenhamos leis para garantir isso, o que falta, efetivamente, são políticas públicas de qualidade para que as situações saiam do papel e virem realidade.
Desde pequenas ações, como rampas em vias públicas para cadeirantes, até sinalizações mais precisas para pessoas com dificuldades auditivas e visuais, o deficiente não tem o respaldo necessário na sociedade. Muitos os consideram à margem, por precisarem de ajuda e cuidados acima dos demais. Mas é aí que está o perigo, pois são justamente nesses casos que eles mais precisam de acolhimento.
Campanhas de acessibilidade não devem ser vistas apenas em datas pontuais ou em meses celebrativos, mas sim o ano todo, como uma constância. Ajudar uma pessoa com deficiência a crescer na vida, independentemente de qual seja a sua condição, é uma forma de ajudar a nós mesmos a crescermos como cidadãos.
Colaborar em ações e pressionar os governos por mais políticas públicas para os PcDs é uma tarefa que todos nós, como brasileiros, temos que assumir. Afinal, se nossa Constituição diz que somos iguais, ninguém pode ser tratado como desigual ou ter menos direitos do que os outros.
O deficiente físico, desde o momento em que se enquadra nessa condição, passa a ser visto como alguém subutilizado ou como um coitado. Porém, ele deve ser visto como alguém que precisa crescer mais na vida e superar desafios. Basta olharmos para os atletas paralímpicos para vermos o quanto eles se superam para representar o Brasil nas competições internacionais, como as Paralimpíadas. E muitos desses atletas se tornam ídolos para outros, exatamente por serem vencedores.
Não é à toa que o Setembro Verde requer esperança — não apenas por dias melhores, mas para conseguir políticas melhores. Não é à toa que o Setembro Verde requer renovação — para que todos possam olhar as pessoas com deficiência como iguais. Não é à toa que o Setembro Verde requer vitalidade — para dar força e energia àqueles que se sentem à margem da sociedade a vontade de buscar mais igualdade.