A Diocese de Santo André, por meio da Comissão de Justiça e Paz e do Vicariato Episcopal para a Caridade Social, promove no dia 7 de setembro, às 8h30, a 4ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas no Grande ABC. A mobilização terá início com a Santa Missa no Santuário Imaculada Conceição, em Mauá, e seguirá em caminhada até o Parque da Juventude, com ato inter-religioso e apresentações culturais.
Criado em 1995, o Grito chega neste ano à sua 31ª edição nacional, com o tema “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é luta de todo dia!” e o lema permanente “A vida em primeiro lugar”. Mais do que um ato de protesto, tornou-se um processo de fé e compromisso social, presente em centenas de cidades brasileiras.
Na Diocese de Santo André, o Grito passou a ser vivido em 2022, quando foi realizado pela primeira vez em Santo André. No ano seguinte, em 2023, a cidade de São Bernardo do Campo recebeu a mobilização, reunindo fiéis, pastorais e movimentos populares. Em 2024, foi a vez de Diadema acolher a caminhada, que trouxe às ruas as vozes dos mais pobres em sintonia com os 30 anos do Grito no Brasil. Agora em 2025, Mauá será a cidade-sede da 4ª edição diocesana, ampliando o alcance do gesto profético na região do ABCDMRR.
O bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini, tem ressaltado em suas homilias que a Igreja deve ser presença solidária e voz profética junto aos pobres. Para ele, o Grito é ocasião de testemunhar publicamente o Evangelho: “A Igreja é chamada a ser voz dos que não têm voz e presença solidária entre aqueles que sofrem. Este gesto é uma forma concreta de manifestar a fé que se traduz em compromisso com a justiça”.
O vigário episcopal para a Caridade Social, Padre Ryan Holke, afirma que a edição deste ano é sinal de esperança e unidade: “Nossa Diocese se prepara juntamente com vários movimentos e organizações da sociedade civil para o 31º Grito dos Excluídos. Já nesta 4ª edição no ABC, nos concentraremos em Mauá, trazendo presente as pautas deste ano: cuidar da Casa Comum e da democracia, tarefa de todo dia”. Ele lembra que a noção de Casa Comum une as crises social e ecológica e que, mesmo no ABC, ainda há exclusões a serem superadas, como a falta de moradia, de trabalho digno, o cuidado com os mananciais e a Mata Atlântica. “A democracia, assim como nossas relações humanas e com a natureza, precisa de presença e participação”, reforça.
Para o membro da Comissão de Justiça e Paz, Veludo, o Grito traduz a missão da Igreja junto aos mais pobres: “Cuidar daqueles que sofrem, cuidar da terra que nos sustenta, cuidar da democracia que nos dignifica — isto é anunciar a vida em cada gesto”.
Programação:
8h30 – Missa no Santuário Imaculada Conceição;
9h30 – Concentração com café da manhã;
10h – Caminhada até o Parque da Juventude;
11h – Ato inter-religioso;
11h30 – Encerramento com apresentações culturais.
