A Sabesp está em uma nova etapa das obras de recuperação do buraco na Marginal Tietê, na altura da ponte Atílio Fontana. A Companhia concluiu a estabilização do solo no local e agora trabalha na limpeza e recuperação de parte do interceptor, uma das principais estruturas do sistema de esgoto da capital e Grande São Paulo.
Equipes da Companhia acessaram o interceptor de esgoto, uma tubulação de 2,50 metros de diâmetro, a 18 metros de profundidade, e confirmaram que a estrutura está preservada. O trabalho atual é a retirada manual e mecanizada de grande quantidade de entulho, areia e escombros que obstruíam o trecho. A previsão é concluir a recomposição completa do interceptor até o final de março de 2026. Enquanto isso, os veículos que passam pela região seguem utilizando um acesso provisório que foi entregue em maio.
“Nosso maior desafio é garantir a operação do sistema de esgotamento sanitário e, ao mesmo tempo, a segurança das equipes. Estamos trabalhando a 18 metros de profundidade, com pessoas dentro de uma tubulação em operação, por isso todo o processo é planejado para preservar vidas”, destacou Roberval Tavares, diretor de Engenharia e Inovação da Sabesp.
Para viabilizar o acesso ao interceptor, a Companhia realizou um desvio temporário que permite transferir 2.750 litros por segundo de esgoto, distribuído por diversas estruturas e trechos da Marginal. São seis ações operando:
- Três sistemas montados sobre as pontes da Casa Verde, Freguesia do Ó e Piqueri, onde o esgoto é bombeado por tubulações sobre as vias até outro interceptor na margem oposta;
- Um bombeamento por baixo do rio Tietê, por uma tubulação chamada sifão, também na altura da ponte do Piqueri;
- Um desvio por tubulações instaladas no canteiro da marginal Tietê, ao lado do buraco, na região da ponte Atílio Fontana;
- Uma reversão na Vila Maria, que está bombeando o esgoto dessa região “ao contrário”, para a estação de tratamento do Parque Novo Mundo.
Essa engenharia de contingência possibilitou o esvaziamento do trecho em obras, permitindo o acesso seguro ao interceptor para início da limpeza.
Para garantir a segurança dos trabalhadores, a Sabesp adotou uma tecnologia inédita chamada Ecoryon, um gel químico injetado no solo que cria uma barreira impermeável, garantindo estabilidade e segurança durante as escavações. O produto funciona como uma “cola líquida” que endurece dentro do terreno, impedindo infiltrações e reduzindo riscos.
“Essa tecnologia é fundamental para garantir que as equipes possam trabalhar com segurança. O Ecoryon cria uma barreira dentro do solo, bloqueando totalmente a passagem de água e esgoto no trecho em intervenção, o que permite que as obras avancem sem comprometer a estrutura e a segurança de todos”, explicou Tavares.
Sobre a Sabesp
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) é responsável pelo fornecimento de água e pela coleta e tratamento de esgoto em 377 municípios paulistas e atende 28 milhões de habitantes. É uma das maiores empresas de saneamento ambiental do mundo e a maior do Brasil. A Companhia vai avançar cinco décadas em cinco anos, ampliando o acesso à água potável e ao saneamento básico para milhões de pessoas. Seu compromisso é antecipar em quatro anos as metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento, com isso, planeja proporcionar dignidade, saúde e desenvolvimento sustentável para milhões de brasileiros enquanto preserva os recursos naturais para as futuras gerações.
