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Um problema que está na sociedade

 

O grande tema da semana passada foi a “adultização”, um termo novo no vocabulário brasileiro, para se referir a algumas atitudes de pais para com os filhos, na forma de dar a eles uma maior maturidade, com tarefas que vão além da idade cronológica. Contudo, o fio da meada não foi algo do tipo, e sim a exploração de menores em vídeos considerados eróticos ou obscenos.

Culpar os pais ou mesmo as redes sociais por isso não vai mudar o fato e nem a questão, pois a culpa maior está na sociedade em que vivemos e na qual estamos vivenciando. A começar pelos grandes artistas da música que muitos jovens escutam. E o maior exemplo está na prisão de Oruam. Quantos será que ouvem suas músicas? E suas letras, consideradas apologias ao crime organizado? Os clipes do artista vão nessa onda.

Mas, além da música, há também os astros do TikTok e do Instagram, os famosos influenciadores digitais. Quantos fazem ou usam essa apologia ao erotismo para atrair seguidores, de uma forma boba, para ter justamente os jovens como seu público-alvo? Se muitos seguem o estilo de Hytalo Santos, tudo leva a crer que o uso das crianças está muito além daquilo que possamos acreditar e ver no que é certo ou errado. Aliás, esse é um ponto interessante a ser debatido: o que é certo ou errado na sociedade em que vivemos?

Não adianta de um lado o pai brigar com o filho sobre assistir certos tipos de vídeos no TikTok se a criança pode assistir filmes acima da sua idade com os pais. O exemplo precisa vir de casa, com regras rígidas e respeitadas. As classificações etárias de filmes, séries, novelas etc. não são por acaso. São justamente para que crianças não vejam coisas que não são próprias para as suas idades. E se os pais não as respeitam, do que adianta proibir a criança de ver vídeos no TikTok ou Instagram do mesmo tipo?

São questões que precisam ser vistas e revistas e o principal caso vai justamente na nossa forma de lidar com as situações, com dois pesos e duas medidas. Enquanto isso durar, nem regular as redes vai adiantar, pois há formas de burlar o sistema e são essas formas que precisam ser combatidas.

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