O endividamento das famílias brasileiras atingiu níveis preocupantes, impulsionado pelo uso excessivo do crédito, especialmente o rotativo do cartão e os empréstimos com juros elevados. Em um cenário econômico desafiador, a falta de planejamento financeiro torna-se um dos principais vilões da estabilidade das finanças pessoais.
Educação financeira é a ferramenta mais poderosa para mudar essa realidade. Com conceitos simples, como entender a diferença entre desejo e necessidade, anotar os gastos mensais e evitar o crédito fácil, é possível transformar hábitos e evitar o acúmulo de dívidas. Um orçamento bem-feito é o primeiro passo para sair do vermelho e construir uma base sólida para o futuro.
Outro ponto importante é aprender a lidar com dívidas já existentes. Renegociar com os credores, buscar linhas de crédito mais baratas para quitação de débitos e estabelecer metas realistas de pagamento são atitudes que ajudam a reequilibrar as finanças. Mais do que pagar dívidas, é necessário entender suas causas para que o problema não volte a se repetir.
Investir em educação financeira é investir na autonomia. Quando a população entende como o dinheiro funciona e aprende a usá-lo com responsabilidade, toda a sociedade se beneficia. Um cidadão financeiramente consciente consome melhor, poupa com propósito e se prepara para enfrentar imprevistos com mais tranquilidade.
Vitor Capelozza