O ex-vereador de São Bernardo, Paulo Eduardo – PL, aliado histórico da família Bolsonaro, voltou a se manifestar publicamente em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar. Em suas declarações, ele reforçou que a situação é fruto de perseguição política, criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes e apontou o Congresso Nacional como responsável por encontrar uma solução institucional para a crise.
Além disso, Paulo ressaltou que não tem mantido contato direto com Bolsonaro após a decisão judicial, justamente pelas limitações legais impostas. “Não tive contato com ele depois da prisão domiciliar, por questões óbvias. Ele não tem acesso a celular, eu não fui a Brasília e também não sou parente direto para poder visitá-lo. Tenho conversado com pessoas próximas a ele, como os filhos, por exemplo, além das informações que a imprensa já divulgou”, afirmou.
Situação
Contudo, o ex-parlamentar garante que o ex-presidente permanece firme. “Ele está triste, como é natural diante da situação, mas muito sereno e com muita fé de que, em um curto prazo, tudo será resolvido e pacificado. Afinal, não dá mais para continuar com essa perseguição latente contra ele e sua família. Isso está paralisando o Brasil, que tem problemas muito mais sérios a serem tratados”, completou.
Ainda mais enfático, Paulo Eduardo classificou a medida como injusta e sem base jurídica sólida. Segundo ele, há respaldo técnico para contestar a decisão que impôs a prisão domiciliar. “Dizer que o Bolsonaro está sendo injustiçado com essa prisão domiciliar não é só minha opinião. Isso é, na verdade, uma constatação que vários juristas vêm apontando publicamente. O que está acontecendo é mais uma vingança autoritária do ministro Alexandre de Moraes do que uma decisão jurídica sólida”, declarou.
Do mesmo modo, ele afirma que o ex-presidente continua sendo o foco central do debate político nacional, mesmo fora do governo. “Ele já deixou o governo há dois anos, mas, ainda assim, continua sendo o principal alvo. Na minha opinião, ele ainda é o presidente em exercício no imaginário da população, porque a imprensa fala 90% de Bolsonaro e apenas 10% de Lula”, disse.
Filhos
Paulo Eduardo também demonstrou apoio à decisão de Eduardo Bolsonaro, que deixou o Brasil e se estabeleceu nos Estados Unidos. Para ele, a iniciativa foi uma resposta legítima diante do cenário político. “A única forma que ele encontrou de buscar justiça e equilíbrio nas decisões foi fora do Brasil. Ele abriu mão do seu mandato, do convívio com a família, e foi para os Estados Unidos, onde tem uma boa relação com Donald Trump – algo que eu mesmo presenciei durante viagens, como está registrado nas minhas redes sociais”, destacou.
Congresso
Apesar disso, o ex-vereador afirma que o momento exige responsabilidade institucional e protagonismo do Congresso Nacional. Segundo ele, é hora de os parlamentares agirem. “Essa união dos congressistas está totalmente alinhada com o vídeo que publiquei: o povo já foi às ruas, já demonstrou sua insatisfação com o que está acontecendo. Agora é a vez dos deputados e senadores – sejam do governo ou da oposição – se trancarem no Congresso e resolverem a situação em que o Brasil se encontra”, declarou.
Resposta
Em outras palavras, Paulo Eduardo entende que a mobilização popular precisa ser convertida em ações concretas dentro do Parlamento. “Eles são pagos, eleitos por mais de 200 milhões de brasileiros, e têm a obrigação de serem a nossa voz dentro do Congresso. Afinal, não cabem 200 milhões de pessoas lá dentro”, afirmou, reforçando a necessidade de atuação firme dos representantes eleitos.
Todavia, o ex-vereador também fez duras críticas à diplomacia do atual governo federal, especialmente no campo internacional. “A diplomacia brasileira tem falhado muito, especialmente nas áreas econômica e digital. Um exemplo claro foi o resgate da ex-primeira-dama do Peru, condenada por corrupção. Um avião da FAB foi buscá-la como se ela fosse uma grande perseguida política”, pontuou.
Diplomacia
Por fim, Paulo Eduardo ironizou a atuação internacional do presidente Lula e questionou sua habilidade para lidar com potências democráticas. “Agora, pergunto: se um avião americano viesse buscar o presidente Bolsonaro aqui no Brasil, será que o Exército teria coragem de abater esse avião? Eu acredito que não. Lula está querendo tirar satisfações com o presidente mais poderoso do mundo. O problema é que ele não tem habilidade para lidar com democracias reais. Só consegue se relacionar com ditadores do mesmo nível ou até piores, como Maduro”, finalizou.