A Câmara Municipal de Diadema recebeu um projeto de lei que institui a Semana Municipal de Conscientização sobre a Síndrome do Ovário Policístico (SOP). A proposta, de autoria do vereador Reinaldo Meira, tem como objetivo promover a informação, o autocuidado e o diagnóstico precoce dessa condição que atinge cerca de 10% da população feminina em idade reprodutiva no mundo.
Além disso, a medida busca envolver profissionais de saúde, escolas, unidades básicas e a própria sociedade civil em ações educativas e informativas. Nesse sentido, a iniciativa pretende não apenas ampliar o debate sobre a SOP, mas também combater os preconceitos que ainda cercam o tema.
“A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é uma das desordens endócrinas mais comuns entre mulheres em idade reprodutiva, afetando cerca de 10% da população feminina mundial. Seus efeitos vão muito além da irregularidade menstrual: incluem dificuldades para engravidar, alterações hormonais, ganho de peso, acne severa, aumento de pelos e, principalmente, um risco elevado de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, explicou o vereador.
Contudo, apesar de sua alta incidência, a SOP continua sendo subdiagnosticada. Ainda mais preocupante é o fato de muitas mulheres conviverem com os sintomas por anos, sem o devido apoio médico ou acesso à informação de qualidade. Em outras palavras, a falta de visibilidade sobre a condição contribui para o agravamento do quadro clínico de milhares de pacientes.
Juntamente com a conscientização, o projeto também se propõe a estimular o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Do mesmo modo, a criação de uma semana voltada ao tema representa um avanço importante na promoção da saúde feminina no município.
“Apesar de ser tão comum, a SOP ainda é subdiagnosticada e cercada por tabus. Muitas mulheres passam anos sofrendo com os sintomas sem um diagnóstico ou apoio adequado. Instituir uma Semana Municipal de Conscientização é uma forma de chamar a atenção para essa realidade, sensibilizar a população e os profissionais de saúde, além de promover o autocuidado e o acesso à informação”, completou Reinaldo Meira.
Porém, a proposta também chama atenção por sua viabilidade administrativa. Segundo o autor, a iniciativa não implica em custos adicionais para os cofres públicos. “Por fim, destaca-se que esta iniciativa não gera ônus para o Executivo, sendo plenamente constitucional e de relevante interesse público”, concluiu.
Todavia, o projeto ainda precisa tramitar pelas comissões internas da Câmara antes de ser levado à votação em plenário. Ainda assim, o tema já mobiliza apoio de entidades voltadas à saúde da mulher e promete ganhar força nos próximos debates legislativos.
