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Átila protocola denúncia no MP contra fechamento de acessos no Terminal Central de Mauá

Parlamentar cobra reabertura das bilheterias e acessos do térreo e questiona supostos favorecimentos

O deputado estadual Átila Jacomussi – União Brasil, protocolou nesta semana uma representação no Ministério Público exigindo a reabertura dos acessos e bilheterias do térreo do Terminal Central de Mauá. A medida, segundo ele, atende ao clamor de mais de 200 mil usuários diários do sistema de transporte que, desde as alterações estruturais no terminal, enfrentam dificuldades de mobilidade e acessibilidade.

Além disso, o parlamentar reforçou que a demanda já havia sido formalizada por meio de um abaixo-assinado popular. “O sonho de mais de 200 mil pessoas que passam pelo terminal do centro todos os dias e de todos que assinaram nosso abaixo-assinado agora está protocolado no Ministério Público”, declarou. Nesse sentido, Átila considera que a intervenção da Justiça é urgente para garantir os direitos dos passageiros.

 

Contudo, o deputado criticou duramente a gestão do prefeito Marcelo Oliveira e do vice-prefeito João Veríssimo, apontando supostos interesses privados por trás das alterações no terminal. “O povo não merece perder seus ônibus e trens, subir intermináveis escadas, apenas para que empresários amigos do prefeito Marcelo Oliveira e do seu vice ex-juiz João tenham ‘valorização’ dos aluguéis e venda de box na galeria”, disparou. Ainda mais, ele argumenta que a atual configuração do terminal ignora a importância do trecho próximo à estação da CPTM, conhecido como “fundão”.

 

Do mesmo modo, Jacomussi levantou dúvidas sobre a legalidade e segurança da obra. Segundo ele, é preciso investigar a ausência de itens básicos de infraestrutura e segurança. “Também queremos saber sobre o alvará dos bombeiros, saídas de emergência, falta de assentos nas plataformas, banheiro de container no terminal e acessibilidade”, questionou. Em outras palavras, o parlamentar sugere que a obra, feita por meio de uma concessão público-privada e com aporte de banco estatal, teria priorizado interesses comerciais em detrimento da qualidade do transporte público.

Apesar disso, o deputado afirmou manter a esperança de que o Ministério Público se posicione ao lado da população. “Confio na justiça, e agora é a hora dela provar de que lado está: dos mais de 200 mil mauaenses afetados por esse empreendimento, ou dos empresários que querem lucro em cima do cansaço e agonia do povo”, completou.

 

MARCOS FIDELIS

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