Priscila Cardoso
Educação é a chave para combater o racismo, por isso, o dia 3 de julho foi instituído para conscientização nacional de Combate à Discriminação Racial.
O Brasil avançou muito, mas é um país profundamente marcado pela escravidão e pelas cicatrizes deixadas pelo preconceito racial que ainda paira em diversas esferas sociais; estatisticamente o grupo mais discriminado são mulheres negras que sofrem por gênero, raça e classe, além de serem a maioria entre as mais pobres, desempregadas e vítimas de feminicídio. Já os homens negros sofrem mais com a violência letal e criminalização.
Palavras como: “Macaco”, “Crioulo(a)”, “Neguinho” / “Nêgo” (fora de contexto), “Preto de alma branca”, “Serviço de preto”, “Cabelo ruim”, “Da cor do pecado”, “Hum… é moreninha”, “Mercado negro” / “Lista negra”, “Inveja branca”, são expressões que configuram crime de racismo (Lei nº 7.716/1989) ou injúria racial (Lei nº 14.532/2023), com penas que vão de 1 a 5 anos de reclusão. E, são usadas muitas vezes de forma natural, mas carregam história de preconceito, violência e exclusão dando estereótipos negativos sobre pessoas negras, indígenas ou de outras etnias.
Outras atitudes e falas racistas comuns no cotidiano:
- “Não sou racista, até tenho amigos negros.”
- “Ele é negro, mas é limpinho.”
- “Você é tão bonita para uma negra.”
- “Negro de alma branca.”
- “Ah, mas ele é um negro de boa aparência.”
- Fazer piadas com características físicas de negros (cabelo, nariz, boca).
Termos corretos e respeitosos:
Fale assim
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Em vez de
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Pessoa negra
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Moreninha / Crioulo / “cor de jambo”
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Cabelo crespo / afro
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Cabelo ruim / pixaim
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Povos originários / indígenas
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Índio (termo genérico e impreciso)
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Comunidade negra
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Raça negra (o termo “raça” tem sido evitado em contextos sociais)
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