Apesar de ter vários partidos interessados na fusão com o PSDB, a bola da vez é o Podemos, presidido em SP pela deputada Renata Abreu, que demonstrou disposição para alterar o nome da legenda e compartilhar a presidência do partido. Segundo Paulo Serra, presidente do Diretório Estadual de São Paulo, o favorito era o PSD, comandado por Gilberto Kassab, mas a fila andou.
Os tucanos querem bater o martelo até o final do mês de abril. “Depende da convenção do Partido além de discussões jurídicas devido a Federação que temos com o Cidadania”, explica Serra, ex-prefeito de Santo André.
Que haverá mudanças é claro, portanto, tudo indica que realmente uma definição poderá ser anunciada principalmente porque as eleições de 2026 já estão em foco no cenário nacional. Além disso, a aliança pode atrair o Solidariedade, que atualmente conta com cinco deputados, ampliando ainda mais a representatividade da nova força política.
Cenário
A deputada Renata Abreu, tem se mostrado favorável a articulações estratégicas e já liderou incorporações bem-sucedidas do PHS e PSC ao seu partido. O Podemos tem como meta crescer politicamente e ampliar sua representatividade para oferecer um projeto nacional robusto.
“A fusão com o Podemos formará uma bancada com mais de quarenta deputados federais, aumentando o protagonismo da sigla nas eleições do próximo ano. A fusão pode redefinir o cenário político nacional, ampliando a representatividade do novo partido e influenciando as negociações nos próximos pleitos”, comemorou Serra.
Força
Entretanto, o PSDB e o Republicanos (não abre mão de manter o nome do partido), também mantêm conversas sobre fusão. A união das siglas resultaria em uma super bancada na Câmara dos Deputados, somando 56 parlamentares (terceira maior bancada da Casa), atrás apenas do PL e do União Brasil, superando legendas como PP, PSD e MDB.
Fato curioso é que o PSDB governou o Estado de São Paulo por 28 anos, até ser derrotado nas eleições de 2022 por Tarcísio de Freitas – Republicanos. Assim sendo, a aliança com o Republicanos faz com que os tucanos batem as asas para o centro do governo paulista, ganhando influência e participação no governo estadual.
Pacote
Benefícios do PSDB são estratégicos para os partidos em 2026e a sigla tem um fundo partidário de R$ 147 milhões. Em primeiro lugar, o partido que fizer a aliança ficará com o fundo, três governadores, três cadeiras na Câmara dos Deputados e um senador: Plínio Valério – AM. Também faz parte do pacote, o tempo de TV do qual a legenda dispõe na propaganda partidária e aquela veiculada no período eleitoral.
WALTER ESTEVAM JUNIOR