Os ferroviários de São Paulo decidiram entrar em greve a partir da madrugada de terça-feira (25) para quarta-feira (26), em protesto contra a privatização das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. A decisão foi tomada durante assembleia realizada na noite desta quinta-feira (20).
Além disso, a paralisação deverá afetar não apenas as linhas que serão concedidas à iniciativa privada, mas também as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa, ampliando o impacto sobre os usuários do transporte ferroviário. Ainda mais, os trabalhadores afirmaram que, caso ocorram demissões em decorrência da greve, o movimento será mantido até que o governo estadual atenda às suas reivindicações.
Segundo a CPTM, mais de 4,6 milhões de pessoas vivem nas regiões atendidas pelas três linhas que estão no processo de privatização, incluindo a zona leste de São Paulo, além de municípios como Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos. Ou seja, a greve poderá causar transtornos significativos para os passageiros que dependem diariamente do serviço.
Juntamente com a paralisação, os ferroviários também aprovaram a criação de uma comissão de negociação e agendaram um ato público para o dia 25 de março, às 9h, em frente à B3 (Bolsa de Valores), em São Paulo. Contudo, o sindicato dos ferroviários ressaltou que o movimento só será encerrado caso o governo estadual cancele o leilão, exigindo uma garantia formal do governador Tarcísio de Freitas – Republicanos.
