O prefeito de São Caetano, Tite Campanella – PL, vem sendo avaliado tanto por parlamentares da situação quanto da oposição. Apesar do curto período de governo, as opiniões já divergem sobre os rumos da administração e os desafios a serem enfrentados.
EXCELÊNCIA
O vereador Marcos Fontes – PP, alinhado ao governo, destacou que um dos principais desafios de Tite será manter e ampliar os avanços já conquistados, sobretudo na educação. “Na minha opinião, a tendência é que os desafios da gestão pública aumentem cada vez mais, especialmente para manter o nível de excelência. E, diante disso, acredito que o principal desafio que o prefeito Tite terá pela frente, nos próximos meses e anos, será justamente manter e ampliar os avanços conquistados até aqui — principalmente na área da educação, onde a cidade já se destacou de forma extraordinária”, afirmou o parlamentar.
Ainda segundo Fontes, o histórico de conquistas na educação é um legado a ser preservado. “Não é por acaso que o município recebeu diversas premiações e reconhecimentos, não apenas no estado de São Paulo, mas também em âmbito nacional, sendo apontado como referência em políticas educacionais eficientes, inovadoras e comprometidas com a formação de nossas crianças e jovens. Agora, o grande desafio é seguir nesse ritmo, garantindo a continuidade dessas conquistas e, mais do que isso, buscando melhorias ainda mais significativas. Afinal, quando se atinge um patamar elevado, a responsabilidade de manter e superar esse nível se torna ainda maior”, pontuou.
PADRÕES
Por outro lado, a oposição avalia a gestão de maneira crítica. A vereadora Bruna Biondi – PSOL, enfatizou que, embora ainda seja cedo para uma avaliação definitiva, já é possível identificar padrões na administração de Tite. “É pouco tempo, mas mesmo assim já é possível compreender um pouco qual é a linha que o governo Tite tem seguido. Veja, é evidente que não dá pra dizer que é exatamente o mesmo governo que o do ex-prefeito Auricchio, até porque tivemos algumas movimentações no secretariado. Mas, mesmo assim, se mantém uma boa parte da estrutura, inclusive com o recente anúncio da mudança do chefe de gabinete — que passou a ser o mesmo chefe de gabinete do governo Auricchio”, analisou.
A parlamentar também criticou a transparência do governo e destacou o caso do Pronto Cardio como um dos principais problemas da nova gestão. “Então, é evidente que muitas práticas têm sido mantidas como uma continuidade do que foi o governo anterior. Uma delas é a falta de transparência, já temos exemplos emblemáticos que demonstram isso. Hoje, eu considero que o principal exemplo que mostra uma série de problemas — ou o que tenho chamado de tropeços do governo Tite nesse início de ano — é a crise do Pronto Cardio. O caso do Pronto Cardio é um símbolo de que talvez exista uma crise interna no governo. E essa crise também tem consequências diretas para a população. É um exemplo claro disso: tivemos o empenho de mais de 12 milhões de reais em um equipamento público que foi inaugurado e não está apto ao uso”, apontou.