Um balão, possivelmente solto em Santo André percorreu cerca de 469 quilômetros até cair sobre um canavial na zona rural de Palmital, no interior de São Paulo, na tarde deste domingo (9). O artefato, que possuía aproximadamente 50 metros de altura, foi avistado na região da vicinal Água dos Thomés, próximo à Comunidade de São Roque, onde ocorrem acampamentos católicos. Além disso, a queda gerou preocupação entre agricultores, principalmente devido ao risco de incêndio causado pela cangalha contendo fogo e objetos explosivos.
Ainda assim, equipes locais agiram rapidamente para evitar um possível desastre. Avisos foram enviados à brigada de incêndio municipal e ao Corpo de Bombeiros, enquanto um grupo de cerca de 12 pessoas, distribuídas em três veículos – um deles com placas de Santo André –, realizou o resgate do balão. Segundo relatos de produtores rurais, o artefato caiu por volta das 17h. Apesar do perigo, não havia fogo na cangalha no momento da queda, o que impediu maiores danos à plantação.
Do mesmo modo, os agricultores foram até o local para avaliar a situação e garantir que o risco de incêndio estivesse controlado. Contudo, os responsáveis pelo balão rapidamente recolheram os materiais e deixaram a área sem fornecer maiores explicações. Juntamente com o balão, um boneco estava acoplado à estrutura, aumentando o tamanho total para 50 metros.
A prática de soltar balões é considerada crime ambiental desde 1998, conforme previsto na Lei nº 9.605. Em outras palavras, quem for flagrado pode receber pena de 1 a 3 anos de prisão, além de multa mínima de R$ 10 mil. Todavia, além do impacto legal, a soltura desses artefatos representa um sério risco para a segurança da aviação, bem como para a população e o meio ambiente, podendo causar incêndios em áreas residenciais, florestas e propriedades agrícolas.
