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“Tenho certeza que farão um espetáculo”, afirma Fábio Soares sobre invasores de prédio em SCS

Justiça determina que movimento desocupe imóvel até 12 de fevereiro, sob pena de uso da força policial

A Justiça determinou a desocupação do imóvel localizado na rua José Benedetti, no bairro Santo Antônio, em São Caetano. A decisão, proferida pelo juiz Dr. José Francisco Matos, estabelece que os ocupantes deixem o local até o dia 12 de fevereiro. Caso contrário, o uso da força policial será autorizado para garantir a reintegração de posse. Além disso, a oficial de Justiça já esteve no local para notificar os invasores sobre a decisão judicial.

A ação foi movida pelo Espólio de Cláudio Marcos Afonso, representado pelo inventariante Manuel José Afonso, que reivindica a propriedade do imóvel. De acordo com os autos, a ocupação foi realizada pelo Movimento Olga Benário em novembro de 2024. Ainda mais, uma vistoria realizada em dezembro confirmou a presença de quatro pessoas ligadas ao grupo no imóvel.

Todavia, a decisão judicial teve como base documentos que comprovam a posse legítima do espólio, bem como o caráter recente da invasão, ocorrida há menos de um ano. Em outras palavras, o juiz entendeu que os requisitos legais para a concessão da liminar estavam presentes, justificando a ordem de desocupação.

 

 

Câmara

 

A Câmara Municipal de São Caetano tem monitorado a situação de perto. Nesse sentido, uma comissão especial foi criada para tratar do tema, evidenciando a importância da questão no contexto local. Segundo o vereador Gilberto Costa – PP, a iniciativa partiu de um pedido formal feito por ele.

“Propus a criação da comissão, fiz a solicitação e obtive aprovação. Em seguida, foram nomeados três membros: Fábio Soares, César Oliva e eu. Posteriormente, elegemos Fábio Soares, que é advogado, como presidente da comissão, e César Oliva, também advogado, como relator dos trabalhos. Permaneci como membro. É importante que a população compreenda esse encaminhamento”, explicou o vereador.

A atuação da comissão, contudo, tem encontrado resistência por parte do Movimento Olga Benário. De acordo com o vereador Fábio Soares – Republicanos, o grupo chegou a enviar um ofício solicitando intermediação junto ao Poder Público. Porém, a comissão não reconheceu a legitimidade do movimento, já que ele não possui personalidade jurídica.

“Respondemos ao ofício informando que não reconhecemos esse movimento. Além disso, ficou constatado, por meio de documentos e investigações, que houve invasão com violência à propriedade particular, e não uma simples ocupação, como alegam. Tentamos intermediar uma negociação, mas ficou evidente que o interesse deles não era um acordo, e sim o conflito. Eles afirmaram que resistiriam até o fim”, relatou Soares.

Diante disso, os oficiais de Justiça notificaram os ocupantes para que deixem o imóvel dentro do prazo estipulado. Apesar disso, há receio de que o grupo tente dificultar a ação de desocupação.

“Tenho certeza de que, no dia da retirada, eles irão armar um espetáculo. Inclusive, já orientamos nossos advogados a informar o Judiciário sobre as declarações feitas na reunião, onde afirmaram que resistiriam e trariam mulheres e crianças para tentar impedir a reintegração de posse”, acrescentou o vereador.

Além da ocupação do imóvel em São Caetano, o Movimento Olga Benário tem histórico de invasões semelhantes. Ao longo de sua trajetória, já foram registradas pelo menos 27 ocupações em diferentes regiões.

Por fim, a comissão solicitou a prorrogação dos trabalhos por mais 30 dias para aprofundar as investigações e levantar novas informações sobre o movimento. A decisão agora aguarda aprovação da presidência da Câmara.

 

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