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Segundo turno em Mauá pode ser invalidado

Sargento Simões, terceiro colocado na disputa, acionou o jurídico do Partido Liberal após votos de Átila serem invalidados

A disputa eleitoral em Mauá ganhou um novo capítulo após o TSE – Tribunal Superior Eleitoral alterar, no início desta semana, a classificação dos votos do primeiro turno. Os 73.558 votos de Átila Jacomussi – União Brasil, candidato sub judice, foram anulados, levantando questionamentos sobre a legitimidade do segundo turno, realizado em 27 de outubro. Apesar disso, especialistas avaliam que as chances de mudança no resultado são mínimas.

De acordo com a nova configuração apresentada no site do TSE, a anulação dos votos de Átila colocaria o vereador Sargento Simões – PL, terceiro colocado com 21.103 votos (10,20% dos válidos), na disputa direta contra Marcelo Oliveira – PT, que liderou o primeiro turno com 93.374 votos (45,13%). No entanto, por conta da situação sub judice de Átila, a eleição seguiu seu curso, e Marcelo acabou vencendo o segundo turno.

Ação

Diante do ocorrido, Sargento Simões acionou sua equipe jurídica e a direção nacional do PL para avaliar os desdobramentos. Segundo o parlamentar, o momento exige cautela. “Queremos evitar criar uma cortina de fumaça ou gerar mais instabilidade para a cidade, que já está dividida. Muita gente não queria nem o PT nem o Átila, e o que aconteceu foi o resultado disso”, declarou.

Ainda assim, o vereador destacou seu compromisso com o bem-estar da população. “O que eu realmente quero é que tenha remédio nas UPAs e UBSs, que a população seja bem atendida, que os impostos pagos retornem para quem mais precisa, e que a cidade seja bem administrada. Infelizmente, não foi o que vimos nesses quatro anos de gestão do PT”, afirmou.

Nesse sentido, Simões pretende recorrer ao TSE para buscar esclarecimentos. Caso a análise jurídica aponte irregularidades, ele pretende solicitar a anulação do segundo turno e impedir a diplomação de Marcelo Oliveira, prevista para ocorrer até 19 de dezembro.

Contudo, especialistas em direito eleitoral consideram improvável que o cenário eleitoral de Mauá seja alterado. O advogado e professor Arthur Rollo, da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, foi enfático: “Só haveria possibilidade de novo segundo turno se os votos fossem invalidados durante o período eleitoral, não há recurso.”

MARCOS FIDELIS

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