De autoria do Dr. Jaime Luís Colarte Castiglioni, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção São Bernardo do Campo, os vereadores votaram na sessão da Câmara, de ontem (30), o pedido de instauração para avaliação do impeachment do vereador Paulo Eduardo – PL, que ao final contabilizou 18 parlamentares a favor do impedimento do liberal, contra seis votos contrários ao prosseguimento do processo. Assim, como a Casa de Leis São-bernardense conta com 28 parlamentares, pelas contas, quatro se abstiveram da votação.
O vereador Paulo Eduardo – PL foi procurado pelo REPÓRTER e falou sobre o processo. “O caso do jornalista que disse que foi ameaçado por mim, o Psol entrou com representação, que reingressou como eleitor do Psol. Vingança do grupo político na qual eu não apoiei. Todos estavam juntos contra o Alex Manente, o PT, Psol, PCdoB, e como um passe de mágica eles querem o meu impeachment. Agora vou ter a chance de me defender das mentiras que esse jornalista inventou, vou pedir as imagens das câmeras para provar que isso não aconteceu”, disse o liberal, que concluiu: “É censura, o jornalista vivia conversando comigo e a sessão foi na quarta, ele fez o boletim no sábado. Houve uma conversa informal, como sempre, com os jornalistas e em algum momento ele se sentiu intimidado, e disse que eu tinha o ameaçado, a questão de eu andar armado não é porque as pessoas querem, mas sim por ser policial. Tenho minha consciência tranquila”, finalizou Paulo.
O vereador Getulio do Amarelinho – PT disse que não presenciou, mas que leu o que está escrito no processo e votou a favor do impedimento do liberal. “Sou contra ameaça, permanência de pessoas armadas que não sejam seguranças dentro do recinto, não presenciei, não sei o que aconteceu, mas o que está descrito vejo que tem elementos consistentes e é o suficiente para ingressar com o pedido de impeachment. Não tenho as provas, mas foi escrito dizendo que tem testemunhas, então pode ser comprovado”, argumentou o petista.
O emedebista, Glauco Braido, disse que não estava presente na votação, mas que é um tipo de procedimento que carece de mais tempo para votar. “Estava no gabinete quando foi votado, gostaria de mais tempo para analisar, se eu estivesse no plenário não abriria a votação nessa correria. Precisa analisar para saber o que aconteceu, foi muito rápido, deveria ter mais tempo para ser pautado. Já estava no sistema e chegaram os documentos às 10h, e foi votado próximo das 12h”, disse o parlamentar.
Questionado, o prefeito eleito de São Bernardo, Marcelo Lima – Podemos, afirmou que não tinha conhecimento sobre a votação, mas fez duras críticas ao vereador liberal.
“A oportunidade democrática garantida pela Constituição Federal, que assegura a segurança da imprensa, a livre expressão e o direito ao pensamento livre, precisa ser respeitada. A partir do momento em que ele age com violência, armado, ameaçando um jornalista, considero que não cabe apenas uma repreensão, mas sim uma investigação criminal contra esse cidadão”, disse Lima.