A cidade de Mauá terá o segundo turno das eleições para a prefeitura, mas o vereador Sargento Simões – PL, já declarou sua neutralidade na disputa. Apesar de sua significativa votação no primeiro turno, com 21.103 votos (10,20% do total), Simões afirmou que não apoiará nenhum dos dois candidatos que seguem na corrida eleitoral.
A decisão de Simões se baseia em fortes críticas aos concorrentes. “A possibilidade de apoiar o PT é zero. É mais fácil cortar os dedos da mão do que apertar 13 na urna”, declarou o vereador, referindo-se à candidatura de Marcelo Oliveira – PT, que obteve 93.374 votos (45,13%) no primeiro turno.
Além disso, Simões foi categórico ao afirmar que, mesmo diante da candidatura de Atila Jacomussi – União Brasil, que alcançou 73.558 votos (35,56%), sua posição não muda. “Apoiar o Atila também não dá; ele está com a candidatura sob judice”, completou.
Dessa forma, o vereador optou por não apoiar nenhum dos candidatos e justificou sua decisão: “Então, no segundo turno, eu vou votar nulo. Não vou votar nem A nem B. Vou viajar e justificar meu voto. E que esses quatro anos passem rápido”, afirmou Simões. A neutralidade, porém, ressalta o clima de incerteza na cidade, pois a candidatura de Átila ainda aguarda julgamento na Justiça Eleitoral.
O caso de Átila Jacomussi traz complicações para o pleito. Segundo o Prof. Dr. Arthur Rollo, especialista em Direito Eleitoral, o TRE – Tribunal Regional Eleitoral já decidiu que não haverá nova decisão judicial antes do dia 27.
Isso significa que, caso Jacomussi vença e seus votos sejam invalidados posteriormente, Mauá poderá passar por um novo processo eleitoral. “Se for julgado a perda de votos de Átila e ele ganhar a eleição, terá uma nova eleição”, explicou o professor. Nesse sentido, ele esclareceu que, após a decisão do TSE – Tribunal Superior Eleitoral, o TRE de São Paulo será responsável por marcar uma nova data para o pleito, caso necessário.