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Democracia e liberdade de pensamento

Se partirmos do princípio de que a essência da democracia é saber conviver com as mais diferentes formas de pensamento, sem dúvidas avançaremos enquanto sociedade. Mas a grande questão é justamente tentar convencer os radicais que não existem verdades absolutas. E que se o outro possui uma corrente de pensamento completamente oposta a minha, não significa que ele seja o meu inimigo.
É uma premissa de sabedoria e civilidade.

Os pleitos eleitorais em diferentes níveis, nos mostram um acirramento uma tanto demasiado.
É natural que o calor das disputas e o tom dos discursos subam. Mas agressões gratuitas (verbais e físicas) comprometem significativamente o processo eleitoral.

Chega a ser absolutamente patético ver militantes e apoiadores de candidatos se agredindo em vias públicas. Não é possível naturalizar ou simplesmente conceber que candidatos ao Executivo e Legislativo possam fomentar ou chancelar tais práticas, que se desvirtuam completamente do propósito fundamental do pleito: apresentar propostas e melhorias para o desenvolvimento das cidades, e consequentemente de toda uma nação.

Zelar por uma convivência harmônica entre opositores, significa aprimorar o conceito de que no cenário político, adversários são apenas adversários, e não inimigos. Até porque, o dinamismo da política comprova que o adversário de hoje pode ser o aliado de amanhã, e vice-versa. Política é momento! Este príncípio precisa ser propagado e ensinado para os aspirantes e neófitos no processo, especialmente para os que pensam saber de tudo, e acabam metendo os pés pelas mãos.

É preciso deixar para as gerações futuras bons exemplos. Os de civilidade; defesa incessante daquilo que é justo e correto; o respeito ao contraditório, e a capacidade, em determinados momentos, de ouvir mais do que falar. Ceder, ao invés de querer estar no controle absoluto de tudo.

A sede da ascenção ao poder pode cegar e destruir valores básicos, mas somente para quem já tem uma inclinação natural a não prezar por nenhum deles.

No entanto, seria salutar que parássemos para ouvir e compartilhar o que nos torna em comum.

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